Minas Gerais terminou o mês de maio com um saldo positivo de 9.304 novos empregos com carteira assinada, um incremento de 0,23% em relação a abril deste ano – desempenho decorrente especialmente no crescimento nos de trabalho do setor de agricultura, graças ao cultivo do café. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho, foram gerados 21.361 empregos formais, enquanto 12.054 foram extintos.
O desempenho foi registrado em razão do crescimento do emprego no setor da agricultura, responsável pela geração de 20.308 vagas no mercado de trabalho. Segundo o Caged, o saldo superou o desempenho negativo do setor de serviços (menos 4.480 postos), construção civil (perda de 2.897 vagas), comércio (fechamento de 2.617 postos) e da indústria de transformação (que registrou extinção de 2.060 vagas). Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, houve um decréscimo de 7.530 empregos formais, ou 0,52%.
O índice positivo no estado, no entanto, não é suficiente para superar o desempenho negativo no acumulado dos últimos 12 meses, que totaliza uma queda de 4,37% no nível de emprego em Minas Gerais, o equivalente a 184.766 postos formais de trabalho fechados. Levando-se em conta os primeiros cinco meses de 2016 e os dados declarados fora do prazo, houve um decréscimo de 12.220 vagas de emprego, o equivalente a uma redução de 0,30%.
No país Os números nacionais também mostram um recuo na trajetória de perda de postos de trabalho. Em maio, a retração no desemprego foi de 0,18%, em comparação com o mês anterior, que teve um saldo negativo de 72.615 vagas. Foram 1.209.991 admissões contra 1.282.606 desligamentos ao longo do mês. A perda, porém, foi muito menor que em maio de 2015, quando foi registrado o fechamento de 115.559 vagas formais.
No acumulado de 2016, o nível de emprego formal apresentou redução de 1,13%, ou 448.011 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o recuo foi de 1.781.906 empregos, uma retração de 4,34%. Ainda segundo o Caged, o setor de serviços foi o que mais perdeu vagas, com a extinção de 36.960 delas. As demissões também superaram as contratações nos setores de comércio (28.885), construção civil (28.740) e indústria de transformação (21.162). A indústria extrativa mineral e os serviços industriais de utilidade pública também registraram perdas de vagas, com 1.195 e 181, respectivamente.
O setor de agricultura registrou incremento no número de vagas: registrou 43.117 novos postos, seguido da administração pública, que contratou 1.391 pessoas. Com o resultado, o estoque de emprego para o mês alcançou 39.244.949 trabalhadores com carteira de trabalho assinada no país.