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Estado de Minas

Projeção para IPCA 2016 na ata do Copom cai no cenário de referência


postado em 05/05/2016 09:19

Brasília, 05 - A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada nesta quinta-feira, 5, informou que a projeção de inflação da instituição no cenário de referência caiu ante a ata passada, mas continua acima do centro da meta para 2016. O BC não divulga qual a taxa prevista na ata, mas no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março a autoridade monetária revelou que a estimativa estava em 6,6% para o fim deste ano pelo cenário de referência.

No RTI, a probabilidade estimada pela instituição de a inflação ultrapassar o limite superior da meta em 2016 subiu de 41% para 55% para esse cenário. Uma nova edição desse documento está prevista para o fim de julho.

No caso em que o BC usa variáveis de mercado para desenhar seu cenário, a estimativa da autoridade monetária também se reduziu, continuando acima do centro da meta. No RTI, por esses mesmos parâmetros, a previsão do BC estava em 6,9% para este ano. No mesmo documento, a chance de estouro da meta neste caso foi calculada em 65% pela autoridade monetária ante 43% da edição anterior.

Para 2017, a inflação no cenário de referência do Banco Central também caiu, e a projeção se encontra "ao redor" da meta de 4,5%. Já no cenário de mercado para o próximo ano, a projeção para o próximo ano elevou-se, e se encontra acima da meta.

A ata traz o detalhamento sobre a decisão da semana passada de manter, pela sexta vez consecutiva, a taxa básica de juros em 14,25% ao ano. A decisão, depois de três reuniões seguidas com o colegiado dividido, foi unânime. A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e está em 4,5% para 2016 e 2017. Em 2017, a margem de tolerância será reduzida dos atuais 2 pontos porcentuais (pp) para cima ou para baixo para 1,5 pp.

No Relatório de Mercado Focus da última segunda-feira, a mediana das estimativas dos analistas para o IPCA de 2016 caíram para 6,94%. No caso do Top 5, a mediana das expectativas para a inflação do ano se situou em 7,05%.

A ata desta quinta-feira ressalta que o cenário de referência leva em conta um taxa de câmbio em R$ 3,55 e Selic em 14,25% ao ano. No documento anterior, o BC trabalhava com a cotação do dólar em R$ 3,95. Já o cenário de mercado considera estimativas para câmbio e juros de analistas de mercado às vésperas do encontro da diretoria para definir o rumo da Selic.

Incertezas

Após a decisão unânime de manter a taxa de juros Selic em 14,25% ao ano na semana passada, a ata do Copom do Banco Central trouxe a ponderação de que as incertezas associadas ao balanço de riscos ocorrem "apesar dos avanços no combate à inflação". Por isso, a autoridade monetária cravou no documento que, "nesse contexto, o cenário central não permite trabalhar com a hipótese de flexibilização das condições monetárias".

Entre esses fatores de risco, o colegiado voltou a elencar o processo de recuperação dos resultados fiscais e a sua composição, além de repetir que o processo de realinhamento de preços relativos mostrou-se mais demorado e mais intenso que o previsto. O BC também voltou a citar as incertezas sobre o comportamento da economia mundial.

O Comitê reiterou que adotará as medidas necessárias para circunscrever a inflação aos limites estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 2016 - cuja tolerância vai até 6,5%. O Copom também trabalhará para fazer a inflação convergir para a meta de 4,5%, em 2017.

Preços administrados

O BC revisou para cima sua projeção de alta para os preços administrados de 2016 e manteve as expectativas para 2017. Na ata anterior, o Comitê de Política Monetária (Copom) previa uma elevação de 5,9% para este ano. Na edição, no entanto, a nova taxa é de 6,8%.

No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março, a taxa estava em 6,1%. Para o mercado financeiro, segundo o último Boletim Focus, a elevação este ano deve ser de 6,95%. O BC diz contar com uma forte desaceleração desses preços em 2016 para levar a inflação para um intervalo de 4,5% a 6,5%. Para o BC, haverá uma desinflação de 2 pontos porcentuais apenas no primeiro semestre deste ano.

Para chegar a essa nova variação para este ano, o BC considerou hipótese de variação média de 19% nas tarifas de água e esgoto, e uma elevação de 12,8% nos preços dos medicamentos. O colegiado levou em consideração ainda um recuo de 3,2% nos preços de energia elétrica, ante queda de 3,5% no documento anterior. Conforme já havia adiantado o Broadcast em 2015, o BC passou a destacar na ata do Copom passado apenas os componentes dos preços administrados mais significativos para o período analisado pelo colegiado.

Para 2017, a expectativa do Copom apresentada hoje é de uma alta de 5% para os preços administrados, mesma expectativa da última ata e do RTI de março. Estas previsões ajudaram a formar a base para que o colegiado mantivesse na semana passada a taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano.


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