De acordo com Andrade, hoje a indústria da transformação representa mais ou menos 9% do PIB. Quando se coloca junto os setores da mineração e construção civil, a participação da indústria no PIB sobe a 14%. "Mas já fomos 26% do PIB. Perdemos posições por conta das politicas econômicas equivocadas", disse o presidente da CNI.
Andrade lembra que o setor enfrenta problemas de ordem cambial e trabalhista, que também contribuem para a situação negativa do setor. "A indústria que mais emprega e mais capacita trabalhadores no Brasil é a mais prejudicada pela justiça trabalhista e pela tributação", queixou-se o dirigente.
"Temos problemas com a burocracia e todas estas questões é que levaram à desindustrialização nos últimos anos. Mas apesar disso tudo, estamos confiantes no futuro. Vamos ter uma troca de governo. Claro que não existe magia, mas isso já nos leva a crer na volta da confiança e dos investimentos", disse Andrade.
Ainda de acordo com o presidente da CNI, a indústria brasileira tem condições de concorrer com a indústria europeia dentro das fábricas. "O nosso problema é da porta para fora das fábricas", disse.