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Estado de Minas

Produção de petróleo na China deve recuar este ano após atingir recorde em 2015


postado em 11/02/2016 12:31

Pequim, 11 - Apesar de figurar entre os cinco maiores produtores de petróleo do mundo, a China pode ver sua produção diminuir este ano, disseram especialistas do setor. De acordo com eles, os campos de produção chineses estão se exaurindo, tornando a extração cada vez mais cara num momento em que o preço do barril está no menor patamar em muitos anos. Para alguns, inclusive, a produção do país pode ter atingido seu pico.

Recentemente, a China Petroleum & Chemical Corp (Sinopec) afirmou que sua produção recuou quase 5% no ano passado. Já a principal rival dentro do país, a estatal PetroChina, produziu 1,5% menos nos primeiros três trimestres de 2015. Juntas, as duas respondem por 75% da extração chinesa.

A Cnooc, a terceira maior empresa chinesa do setor, afirmou no mês passado esperar que sua produção recue 5% este ano, após anos de rápido crescimento.

Ainda que a produção da China comece a cair, sua demanda por petróleo deve continuar firme. Isto pode ser uma boa notícia para os preços.

"A questão na China é que eles sabem que existe muito potencial em seu subsolo, porém é mais barato importar", disse Peter Lee, analista de energia da BMI Research.

Enquanto os cortes na produção em muitos países têm sido mínimos mesmo com a queda dos preços, especialistas acreditam que a produção chinesa pode recuar entre 100 mil e 200 mil barris por dia este ano. Em 2015, o país produziu um recorde de 4,6 milhões de barris por dia, de acordo com dados do governo local.

"O declínio da produção chinesa pode ajudar a diminuir a situação de excesso de oferta no mundo", disse Nelson Wang, analista de petróleo da corretora CLSA.

Parte do mercado crê também que a produção local não deve reagir tão cedo, dado o baixo nível dos investimentos em projetos de extração. A Cnooc disse que seus investimentos devem recuar cerca de 40% este ano, após baterem recorde em 2014.

Atualmente, o custo marginal de produção em alguns dos campos mais caros do país gira em torno de US$ 40 por barril, muito acima do atual patamar em que os preços se encontram no mercado internacional, que é por volta de US$ 30. Isto significa que muitas empresas chinesas terão prejuízo caso continuem produzindo.

Ainda assim, mesmo com a queda na produção chinesa, a oferta global deve superar a demanda em cerca de 1,5 milhões de barris por dia na primeira metade de 2016, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE). Fonte: Dow Jones Newswires.


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