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Estado de Minas

Presidente da Fecomércio-MG tem prisão decretada

Ministério Público do estado indica malversação de recursos


postado em 26/11/2015 06:00 / atualizado em 26/11/2015 08:53

Mandado expedido pela juíza Lucimeire Rocha, da Vara de Inquéritos Criminais do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), decretou na terça-feira a prisão preventiva do presidente do sistema Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), Lázaro Luiz Gonzaga. O empresário é investigado pelo Ministério Público (MPMG), que apura denúncias de superfaturamento, enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro na instituição. Até o início da noite de ontem, não havia registro de entrada do executivo no sistema prisional mineiro, segundo informação da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds).


O advogado de Lázaro Gonzaga, Hebert Chimicatti, confirmou que o mandado de prisão foi expedido na tarde de terça-feira e afirmou que ainda ontem entraria com pedido de revogação da prisão. “O mandado foi fundamentado em um equívoco”, declarou Chimicatti, que preferiu não detalhar qual teria sido a falha. Diante de rumores que haveria um segundo mandado de prisão expedido pela Justiça Federal, o advogado negou haver qualquer outra decisão semelhante, endereçada a seu cliente.

Lázaro Gonzaga foi afastado da presidência da Fecomércio-MG. A instituição está sendo conduzida por interventores da empresa Dictum Instituto de Gestão e Perícia desde o último dia 10, nomeados por 90 dias, prorrogáveis por igual período. Segundo o promotor Eduardo Nepomuceno, da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte, e responsável pela investigação, o trabalho do MP já está em seus trâmites finais aguardando conclusão da perícia. A expectativa é de que o MPMG conclua a investigação e ofereça denúncia neste ano.

Em recente entrevista ao Estado de Minas, Nepomuceno afirmou que os trabalhos estão avançando e as decisões judiciais sobre o caso demonstram ter havido irregularidades e práticas ilícitas. Há indícios de que recursos gastos pelas instituições do sistema Fecomércio-MG foram desviados em benefício de seus gestores.

O escritório de auditoria e assistência em processos judiciais está avaliando todos os contratos feitos pelo Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), que integram o sistema empresarial em Minas, desde o fim de 2013, quando começou a investigação conduzida pelo promotor Eduardo Nepomuceno. O esquema de desvio de recursos já teria causado prejuízos de aproximadamente R$ 70 milhões. A reportagem do EM entrou em contato com a Justiça Federal, que informou não haver no órgão expedição de mandado para o executivo.


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