A taxa de desocupação no Brasil ficou em 8,9% no terceiro trimestre de 2015, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior taxa da série iniciada em 2012. No trimestre anterior (abril, maio e junho), o indicador estava em 8,3%,
O Brasil contava com 9 milhões de pessoas na fila do desemprego no terceiro trimestre do ano. O montante representa um salto de 33,9% no total de desocupados em relação ao terceiro trimestre do ano passado, o equivalente a 2,274 milhões de pessoas a mais em busca de uma vaga. Em relação ao segundo trimestre, o número de desempregados subiu 7,5%, 625 mil indivíduos a mais buscando trabalho.
Ao mesmo tempo, houve um corte no número de vagas. A população ocupada recuou 0,1% na passagem do segundo para o terceiro trimestre, 121 mil dispensados. Na comparação com o terceiro trimestre de 2014, a queda foi de 0,2%, 179 mil postos fechados.
No terceiro trimestre do ano passado a taxa de desocupação foi 6,8%. A Bahia foi o estado que teve a maior taxa de desocupação (12,8%) e Santa Catarina a menor (4,4%).Em Minas Gerais, a taxa ficou em 8,6%. Entre os 27 municípios das capitais, Salvador registrou a maior taxa de desemprego (16,1%) e o Rio de Janeiro a menor (5,1%).
Rendimento
A renda média real do trabalhador ficou em R$ 1.889,00 no período, o que representa queda de 1,2% em relação ao trimestre imediatamente anterior e ficou estável ante o terceiro trimestre de 2014.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 168,6 bilhões no terceiro trimestre, queda de 1,2% ante o segundo trimestre. Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, houve recuo de 0,1%.
Desde janeiro de 2014, o IBGE passou a divulgar a taxa de desocupação em bases trimestrais para todo o território nacional. A nova pesquisa tem por objetivo substituir a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrange apenas seis regiões metropolitanas e será encerrada em fevereiro de 2016, e também a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) anual, que produz informações referentes somente ao mês de setembro de cada ano. (Com agências)