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Estado de Minas

Dívidas em atraso aumentam 5,45% em setembro

Levantamento mostra que quase 40% da população adulta do país não consegue honrar compromissos financeiros em dia


postado em 10/10/2015 06:00 / atualizado em 10/10/2015 07:40

 

Consumidores com CPF negativado aumentou em 2,4 milhões em todo o país neste ano, segundo a CNDL(foto: Marcos Michelin/EM/D.A PRESS )
Consumidores com CPF negativado aumentou em 2,4 milhões em todo o país neste ano, segundo a CNDL (foto: Marcos Michelin/EM/D.A PRESS )
Brasília – O número de consumidores brasileiros com contas atrasadas registrou um crescimento de 5,45% em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. De acordo com o indicador de inadimplência do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), até o fim do mês passado, havia um total de 57 milhões de pessoas com o nome registrado em cadastro de devedores, o equivalente a 38,9% da população adulta do país. Entre janeiro e setembro, o número de CPFs negativados cresceu em aproximadamente 2,4 milhões.


Em setembro, também cresceu a quantidade de dívidas não pagas: 6,63%, comparado com o mesmo mês de 2014. Na avaliação do SPC Brasil, os dados refletem a perda de dinamismo da economia brasileira e a deterioração do mercado de trabalho. “Fatores econômicos como a inflação elevada, alto custo das taxas de juros e o aumento do desemprego têm afetado a capacidade de pagamento dos consumidores”, avalia o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.


No levantamento de setores com as maiores taxas de atraso, as altas mais expressivas estão nas pendências de serviços básicos, como contas de luz e água (12,55%). Em seguida, aparecem as dívidas bancárias (10,32%), que correspondem a quase a metade das dívidas do país. Com relação à divisão por regiões, o Nordeste foi o que mais avançou nas dívidas em atraso, com 7,85%, quando a média nacional foi de 5,45%. O estudo pondera que o Sudeste mantém a maior participação do País nas dívidas em atraso, com 40,31% do total.


De acordo com a economista do SPC, está difícil traçar perspectivas de melhora, porque as variáveis políticas têm tido forte impacto na economia e não há certeza sobre como a situação vai se desenrolar. “A luz no fim do túnel não está no início de 2016. Está do meio para o fim do ano que vem”, avalia. O estudo registra ainda que a inadimplência de consumidores com idade entre 65 e 84 anos cresceu 10,92% no mês. Por outro lado, entre os mais jovens, entre 18 e 24 anos, o número de endividados caiu 8,95%.

Vendas a prazo

O SPC Brasil levantou ainda a variação nas consultas feitas por lojistas ao banco de devedores no momento das vendas a prazo. No mês de setembro, houve queda de 6,87% nessas buscas, o que reflete a retração no nível de atividade no varejo. De acordo com a entidade, o brasileiro está reticente com relação ao consumo. “O principal fator responsável pela retração das vendas nos últimos meses é a falta de confiança do consumidor, que tem evitado tomar crédito para não comprometer ainda mais o orçamento familiar”, avalia.


Essa cautela tanto de consumidores como de agentes que concedem crédito, segundo pesquisa da Boa Vista SCPC contribuiu para a diminuição da inadimplência em setembro. O atraso de pagamentos por parte de consumidores para a entidade caiu 4,1% em no mês passado em relação a agosto, na série com ajuste sazonal. Apesar do recuo na comparação mensal, a taxa ainda registra avanço de 1,1% tanto no acumulado no ano como em 12 meses. A estimativa da instituição é que o indicador encerre 2015 registrando uma alta de 1,8%.


Considerando apenas o setor varejista, a inadimplência avançou 2,9% em todo o Brasil no mês passado na comparação mensal, já desconsiderados os efeitos sazonais. No acumulado do ano até setembro, porém, há queda de 2,7% em relação a igual intervalo de 2014. E, em 12 meses, a retração é de 4,7%.

 


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