A difícil sobrevivência das empresas tem ainda dois cenários distintos que andam juntos com o desempenho da economia brasileira nos últimos anos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nessa sexta-feira pesquisa mostrando que dos 694,5 mil empreendimentos que nasceram em 2009 no Brasil, mais da metade não sobreviveu até 2013. A pesquisa Demografia das Empresas do IBGE acompanhou durante quatro anos a vida das firmas no país, mas, apesar de 53% terem fechado a porta, o momento pesquisado pelo instituto era outro.
Do total, 694,5 mil empresas que nasceram em 2009, 536,6 mil (77,3%) sobreviveram em 2010, 452,5 mil (65,2%) estavam no mercado até 2011, enquanto 387,4 mil sobreviveram até 2012 (55,8%) e 329,9 mil (47,5%), até 2013. Após quatro anos da entrada no mercado, mais da metade das empresas entrantes não sobreviveram. “Até 2009, a maioria das empresas que eram abertas no país nasciam por necessidade. A pessoa criava seu negócio como forma de ter uma renda. A partir de 2010, com a economia mais aquecida, com o aumento do consumo e do emprego, as pessoas conseguiram seu trabalho formal, a renda fixa e optaram fechar as portas de seus empreendimentos. Agora, em 2014 e 2015, as justificativas para o fim dos negócios são bem diferentes”, comenta Aroldo Santos Araújo, analista da Unidade de Atendimento do Sebrae Minas. (LE)