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Estado de Minas

Dólar bate R$ 3,81 nesta quinta-feira

Para o consumidor, casas de câmbio já vendem moeda a R$ 4,25


postado em 03/09/2015 09:42 / atualizado em 03/09/2015 13:21

A moeda norte-americana voltou a abrir em alta nesta quinta-feira. Por volta das 10h30, o dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, chegou a bater R$ 3,81, alta de 1,12%. É a maior cotação desde dezembro de 2002. Na véspera, a divisa fechou em alta pelo quarto dia seguido, pressionado por preocupações com as contas públicas do Brasil e o risco de o país perder o grau de investimento, que o garante o selo internacional de bom pagador. Quanto menor o índice de risco de um país, maior é o número de investidores estrangeiros, consequentemente mais dólares circulando no mercado daquele país. Depois de chegar a valer R$ 3,77, o maior nível desde 13 de dezembro de 2002, quando chegou a R$ 3,7750, a moeda norte-americana fechou ontem com avanço de 1,94%, a R$ 3,7598 para venda. No ano, a divisa já acumula alta de 41%.


Para o consumidor, em casas de câmbio, o dólar turismo já ultrapassa a marca dos R$ 4. Na Confidence, casa de câmbio que possui três lojas em Belo Horizonte, a moeda em espécie é vendida a R$ 4,07 com IOF, e a R$ 4,24 no cartão pré-pago. Na Picchioni, o dólar turismo é vendido a R$ 4,02 com IOF, e a R$ 4,25 no cartão pré-pago. "A tendência é subir ainda mais", alerta uma funcionária.

Segundo o presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos e Mercado de Capitais (Apimec), Juliano Lima Pinheiro, a expectativa da condução da política brasileira é um dos principais fatores para a alta expressiva da moeda, reforçada pela queda do preço das commodities. "Essa indefinição e a expectativa quanto a credibilidade do país no cenário político e econômico gera insegurança aos investidores", disse. Lima cita ainda o "efeito China"que causa aversão ao risco nos mercados globais. Além disso, o país asiático é o principal destino das exportações brasileiras. "O mercado brasileiro depende muito da China", resume.

Em contrapartida, segundo Lima, a alta do dólar pode estimular as exportações e beneficiar a indústria nacional "retomar o seu papel", disse. Ao mesmo tempo, a disparada pode pesar no bolso do consumidor, com o encarecimento de viagens ao exterior e alguns produtos. De acordo com o especialista, não é possível dizer o que vai acontecer com o dólar. "O ideal para quem tem viagem programada é comprar pequenas quantias e fazer o preço médio para não arriscar", aconselha.




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