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Estado de Minas

Arrocho fiscal do governo atrasa ampliação da pista em Confins

Com o contingenciamento de recursos pelo governo federal, expansão da pista atrasa e não tem novo prazo de entrega


postado em 26/08/2015 08:17

(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

O contingenciamento de recursos do governo federal vai atrasar a obra de ampliação da pista de pousos do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins. Com menor disponibilidade de verba, uma parte das obras que deveria ser entregue neste mês não tem mais prazo para conclusão. A Infraero afirma que a obra não será paralisada, mas o andamento das atividades será mais lento, com número menor de trabalhadores no empreendimento. O corte orçamentário atinge ainda obras em aeroportos de Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Goiânia, Vitória e Macapá.

O lenga-lenga da ampliação da pista de Confins faz parte do projeto de aumento de capacidade do aeroporto internacional para a Copa do Mundo. A obra deveria ter sido entregue até o início do evento esportivo. Nada feito. Em maio, a Cowan, empresa responsável pelas obras, chegou a anunciar a paralisação das mesmas devido ao atraso de pagamentos da estatal. A dívida seria de R$ 3 milhões. Dias depois voltou atrás da decisão e anunciou a continuidade de parte das intervenções previstas em contrato, com previsão de conclusão em 90 dias.

O prazo esgota-se neste mês. Mas a Infraero antecipa não ser possível. “Em virtude de reajustes no orçamento do governo federal, o cronograma de conclusão dos trabalhos está sendo redefinido”, diz, em nota, a estatal. A BH Airport, concessionária responsável pela administração do aeroporto, diz desconhecer o contingenciamento da estatal e afirma que as obras continuam.

Pelo acordo entre Cowan e Infraero, a empreiteira concluiria a extensão de 600 metros da pista para fazer a junção com os 3 mil metros existentes. A empresa já havia concluído a expansão do pátio de aeronaves, obra também prevista no contrato. Depois disso, a BH Airport deveria assumir o restante do projeto.

A negociação, no entanto, fica parada até o fim das obras sob os cuidados da Cowan. A lista inclui reforma completa da atual pista de pouso, reforma do pátio 1, construção de duas novas saídas rápidas e reforma das pistas de manobra de aviões.

Iniciada em fevereiro de 2013, a obra conjunta de pátio e pista deveria ter sido concluída até abril do ano passado. Com os seguidos atrasos na execução do projeto, o prazo foi dilatado para junho de 2016, ou seja mais de dois anos depois da previsão inicial. A extensão da pista permitiria a operação de aeronaves de grande porte (Boeing 737-400) com carga máxima.

Contratos Além da obra da pista, ainda sob a gestão Infraero foram assinados outros dois contratos para aumentar a capacidade operacional do aeroporto: a reforma do terminal de passageiros e a ampliação da unidade de aviação geral para receber voos comerciais. O primeiro está paralisado depois das partes terem judicializado a questão. O outro aguarda a concessão de licenciamento ambiental para funcionar. O espaço deverá ser usado para receber voos internacionais. O aeroporto hoje tem cinco rotas para o exterior: Buenos Aires (Aerolíneas Argentinas), Lisboa (TAP), Cidade do Panamá (Copa Airlines) e Miami (TAM e American Airlines). A partir de novembro, a Azul voará para Orlando.


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