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Estado de Minas

BC vai prolongar juros altos


postado em 22/08/2015 06:00 / atualizado em 22/08/2015 07:29

Em busca de direcionar a inflação para o centro da meta até o fim do ano que vem, o BC define como estratégia de política monetária a manutenção do atual “viés conservador por tempo prolongado”. Faz parte desse panorama a manutenção da taxa básica de juros no atual patamar, de 14,25%, também por período “suficientemente prolongado”. A proposta do governo é concentrar os esforços para fazer com que haja convergência da inflação para 4,5% ao fim de 2016.

O entendimento do BC é que o processo de ajuste macroeconômico está em uma segunda fase. “Estamos no meio, no vale, do ajuste”, afirmou o diretor de Política Econômica e Assuntos Internacionais do banco, Luiz Awazu Pereira da Silva, durante apresentação do boletim regional em Belo Horizonte. Segundo o documento, a soma das medidas contracionistas do ajuste com eventos não econômicos (leia-se Operação Lava-Jato e a crise política) potencializaram os efeitos da crise. “O peso desses eventos não econômicos é significativo”, diz trecho do boletim.

Apesar do discurso rumo a menores taxas inflacionárias, a prévia da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor 15 (IPCA-15), divulgada ontem, acumula em 12 meses o maior patamar desde dezembro de 2003 (9,57%). No mês, porém, o indicador registrou 0,43%, uma desaceleração ante o de julho, de 0,59%, e, pela primeira vez em 2015, ficou abaixo de 0,50%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o BC, os resultados de agosto e setembro favorecem desaceleração dos preços. Mas redução mais drástica é esperada somente para o primeiro semestre do ano que vem. Os analistas do banco vislumbram um alívio na inflação com o menor peso dos custos dos preços administrados (água, energia elétrica, combustíveis etc). No acumulado de 12 meses encerrados em julho, a inflação do grupo tem variação de 15,97%. No mesmo mês do ano passado, o índice somava 4,63%.


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