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Estado de Minas

Grécia deve anunciar hoje calote bilionário no FMI


postado em 30/06/2015 06:00 / atualizado em 30/06/2015 07:54

Com bancos fechados e saques limitados, população fez filas nas portas das agências no início do dia na tentativa de obter o dinheiro(foto: AFP PHOTO / SAKIS MITROLIDIS )
Com bancos fechados e saques limitados, população fez filas nas portas das agências no início do dia na tentativa de obter o dinheiro (foto: AFP PHOTO / SAKIS MITROLIDIS )
A Grécia não vai pagar a parcela de 1,6 bilhão de euros devida ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que vence hoje, segundo disse ontem uma autoridade do governo grego. Apesar da pressão feita pela oposição e pelas associações empresariais, que temem que a Grécia saia da Zona do Euro, o governo grego mantém o planejamento do plebiscito do próximo domingo sobre a proposta de acordo dos credores e sua recomendação ao “não” à população. O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, defendeu ontem que os gregos votem contra um acordo com os credores internacionais no plebiscito. “Nós temos o direito de termos a nossa solução. O plebiscito é uma arma para nós, para o povo grego”, disse. “Se tivermos um alto número de pessoas votando ‘não’, estaremos numa posição mais forte”, ressaltou o premiê. Segundo ele, a Grécia pode sobreviver sem um programa de resgate financeiro externo.

Os gregos acordaram ontem com bancos e caixas eletrônicos fechados e diante de um clima de rumores e teorias de conspiração, depois que o colapso nas conversas entre Atenas e seus credores aprofundou o país ainda mais na crise. Os caixas automáticos começaram a funcionar no país de maneira gradual, depois da publicação de um decreto governamental que determinou o fechamento dos bancos e dos mercados até 7 de julho e limitou a retirada de dinheiro a 60 euros diários. Em Atenas as pessoas já faziam filas em muitos deles no começo do dia. Apesar das dificuldades, milhares de gregos foram às ruas num indicativo de apoio ao “não”, no plebiscito de domingo.

O pedido de Tsipras é o oposto do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que pediu aos gregos que digam sim ao acordo. “Depois de todos os esforços que fiz, me sinto traído, já que meus esforços não foram suficientemente levados em consideração”, disse Junker à imprensa em Bruxelas. “Pedirei ao povo grego que vote sim”, disse. “Um ‘não’ neste referendo significaria ‘dizer não à Europa’”, disse Juncker. Já a chanceler alemã Angela Merkel descartou a possibilidade de realizar uma reunião de emergência da cúpula europeia antes do plebiscito.

A possibilidade cada vez mais palpável de que o calote ocorra derrubou as bolsas europeias e asiáticas. Diante do risco crescente de um calote, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixou os ratings de longo prazo em moeda estrangeira e moeda local da Grécia para CCC-, de CCC, com a perspectiva negativa. O rating de curto prazo foi reafirmado. Na avaliação da S&P, a decisão da Grécia de realizar um plebiscito sobre as propostas de crédito dos credores, indica que o governo vai priorizar as políticas domésticas ao invés da estabilidade econômica e financeira, pagamentos de dívidas e a participação na Zona do Euro. Para a S&P, o default comercial da Grécia é inevitável nos próximos seis meses.


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