(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Praças de pedágio abrem 6 mil vagas de emprego em Minas

Número de empregos diretos e indiretos gerados já passa de 6 mil nas áreas concedidas a quatro empresas ouvidas e novas oportunidades serão abertas nos próximos meses


postado em 19/06/2015 06:00 / atualizado em 19/06/2015 07:23

Maior parte dos empregos é gerada nas cidades da área de influência das empresas, com salários a partir de R$ 854(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Maior parte dos empregos é gerada nas cidades da área de influência das empresas, com salários a partir de R$ 854 (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)

Beatriz Almeida, de 23 anos, trocou de emprego há um mês. “Eu era monitora de alunos numa instituição de ensino. Agora sou operadora de centro de controle de arrecadação. Meu salário quase triplicou”, conta. O colega de repartição Kleiton Silva, de 28, também teve ganho na remuneração: “Fui responsável pela área de controladoria de uma montadora. Cheguei há cinco meses com uma remuneração maior”. Beatriz e Kleiton entraram para um setor que vem gerando centenas de vagas em Minas, o das concessionárias de rodovias.

Alheias à polêmica discussão se as estradas brasileiras devem ou não ser administradas pela iniciativa privada, as concessionárias que atuam em Minas Gerais ajudam a reduzir o desempregado que voltou a crescer no estado e no Brasil, sobretudo nas cidades do interior, onde funciona a maioria das praças de pedágio. O número de empregos diretos e indiretos gerados já passa de 6 mil nas áreas concedidas a quatro empresas ouvidas pelo Estado de Minas (Via 040, MGO, Nascentes das Gerais e Auto Pista Fernão Dias) e novas oportunidades serão abertas nos próximos meses. Os salários variam de R$ 854 a mais de R$ 1,5 mil, com remuneração variável para as equipes de primeiros socorros, contratadas por empresas terceirizadas.

São agentes que trabalham nos caixas das praças, motoristas de guinchos, enfermeiros e médicos em ambulâncias, trabalhadores em faxinas dos pontos de suporte aos viajantes, entre outras funções. Muitas têm benefícios, como plano de saúde e vale alimentação. Independentemente da função, e até por uma questão de logística, a maior parte dessas vagas são oferecidas nas cidades de influência das concessionárias.

À exceção das funções que exigem curso superior, as contratantes exigem no mínimo o ensimo médio. A jornada para a maioria das funções é de 44 horas semanais. Das seis empresas ou consórcios que operam no estado, uma começou a pedagiar em abril de 2015 (MGO), outras duas cobrarão tarifas a partir dos próximos dias (Triunfo e Via 040) e três já faturam com o serviço há mais de cinco anos (Nascentes das Gerais, Autopista Fernão Dias e Concer).

A Via 040, que ganhou licitação para operar o trecho entre Barbacena, no Campo das Vertentes, e Brasília, já contratou 560 pessoas. Daqui a três meses, esse exército será de 1 mil trabalhadores. Serão 344 vagas apenas para operadores dos caixas dos pedágios. A central da Via 040 funciona em Nova Lima, onde Beatriz e Kleiton trabalham. Formados em ciências contábeis, eles são responsáveis pela equipe que analisa o tráfego no trecho, confere o valor do dinheiro arrecadado nas praças, entre outras atividades. “Temos uma oportunidade de crescimento profissional”, diz Kleiton.

Benefícios A MGO, que venceu a licitação para pedagiar o trecho da BR-050 no Triângulo Mineiro e Goiás por 30 anos (2014 a 2044), investirá R$ 3 bilhões na rodovia. A cobrança das tarifas começou em abril passado, mas a empresa administra a malha desde o início de 2014.

“Os benefícios para a economia dos municípios já podem ser observados. Geramos, atualmente, 976 empregos diretos e cerca de 1,8 mil indiretos. Nas seis praças de pedágio, são 243 agentes de arrecadação contratados. Já na prestação do Serviço de Atendimento ao Usuário (socorros médico e mecânico, inspeção de tráfego, apreensão de animais e combate a focos de incêndio) atuam 270 profissionais. Na área administrativa há mais 118”, informou Sérgio Luccas, analista de Comunicação da MGO.

Ainda há o pessoal que labuta nas obras de recuperação, conservação e sinalização da rodovia. A função é feita por empresas terceirizadas, que geram atualmente 351 postos. O número, destaca Luccas, triplica no pico das obras. Uma das cidades mineiras beneficiadas pelo grupo é Araguari, no Triângulo Mineiro. Já a Nascentes das Gerais, uma parceria pública-privada (PPP) com o governo de Minas, administra o sistema MG-050/BR-265/BR-491, o qual corta 22 municípios, mas com influência em 50 cidades (população de 1,3 milhão de pessoas). Na prática, trata-se do trecho de Juatuba, na Grande Belo Horizonte, a São Sebastião do Paraíso, no Sul do estado.

“Empregamos, em média, 1,3 mil pessoas, entre trabalho direto e indireto. Desde junho de 2007 (quando a parceria foi firmada), são R$ 628 milhões em investimentos em obras de ampliação e melhorias do sistema, aporte que permitiu a criação de centenas de postos de trabalho”, disse o diretor-executivo da concessionária, Joselito Castro. Na Autopista Fernão Dias, que administra o trecho da BR-381 entre Belo Horizonte e São Paulo, há 600 colaboradores efetivos, cujos vencimentos, além de benefícios, oscilam de R$ 854,10 a R$ 1.525,00. A concessionária destaca que gera outras 700 vagas indiretas.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)