(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

HSBC vai demitir 50 mil em todo o mundo e vender atividades no Brasil

Banco confirmou nesta terça que manterá no país apenas presença para empresas


postado em 09/06/2015 06:07 / atualizado em 09/06/2015 08:27

O HSBC fechará várias agências ao redor do mundo(foto: AFP PHOTO/ OZAN KOSE )
O HSBC fechará várias agências ao redor do mundo (foto: AFP PHOTO/ OZAN KOSE )
O banco britânico HSBC anunciou nesta terça-feira que suprimirá 50 mil postos de trabalho como parte de uma reestruturação mundial, que inclui a venda de suas atividades no Brasil e na Turquia. A instituição prevê eliminar quase 10% do número de funcionários, entre 22 mil e 25 mil empregos, segundo um plano divulgado em seu site. Além deste número, outros 25 mil postos de trabalho devem ser suprimidos com a venda de suas atividades no Brasil e na Turquia, segundo o banco. No Brasil, no entanto, o banco pretende manter uma presença para os clientes institucionais.

O HSBC fechará várias agências ao redor do mundo, acelerará o processo das transações e vai deslocar milhares de postos de trabalho para países "de baixo custo e alta qualidade" de mão de obra, segundo o plano do banco. A decisão é parte da meta de "reduzir os custos em algo entre 4,5 e 5 bilhões de dólares anuais até 2017", segundo uma nota enviada à Bolsa de Hong Kong.

O HSBC também pretende "acelerar os investimentos na Ásia", em particular no sul da China e no sudeste do continente, "para captar oportunidades de crescimento futuro e adaptar-se às evoluções estruturais" do mercado bancário. O maior banco da Europa sofreu uma queda nos resultados em 2014 e foi afetado por grandes multas, sobretudo no Reino Unido e nos Estados Unidos.

Modesta presença


Na manhã desta terça-feira, o executivo-chefe do grupo financeiro, Stuart Gulliver disse que a pequena abertura do Brasil ao comércio internacional e a falta de escala no mercado brasileiro explicam a decisão do HSBC de deixar o Brasil. No México, ao contrário, o banco continuará de portas abertas. Para explicar a manutenção da outra filial latino-americana, o executivo argumentou que o "quadro é diferente no México, onde a economia é aberta e há 11 reformas em curso".

Durante evento para atualização do cenário para os investidores do HSBC, o principal executivo do grupo explicou com naturalidade a decisão de sair do Brasil. "Os negócios têm gerado resultado abaixo do esperado no Brasil, Turquia, México e Estados Unidos. O que vamos fazer é vender o Brasil e a Turquia e mudar no México e EUA", disse Gulliver, ao ressaltar que a filial brasileira do HSBC vai se restringir a uma pequena operação para atender grandes empresas. "Vamos manter uma modesta presença no Brasil".

A venda da filial do Brasil acontece diante de dois principais problemas. O primeiro é estrutural e diz respeito à falta de abertura comercial do País. "Brasil e Turquia são economias mais fechadas com pequeno porcentual das exportações sobre o Produto Interno Bruto", disse. Números apresentados pelo executivo mostram que as exportações brasileiras, por exemplo, respondem por 10% do PIB. O mesmo indicador está em 31% no México, 23% na China e 16% na Índia.

Outro problema é do próprio banco. No Brasil e Turquia, o HSBC sofre com a falta de escala. Para ser o terceiro maior banco dos dois mercados, o executivo explicou que as filiais teriam de multiplicar o total de ativos em mais de seis vezes. Na apresentação na capital britânica, Gulliver mostrou um quadro em que mostra o HSBC Brasil com US$ 63 bilhões de ativos em dezembro de 2014. Em sexto lugar no ranking dos maiores bancos no mercado brasileiro, o HSBC está muito atrás do Santander - o quinto - que somava US$ 225 bilhões. (Com agências)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)