(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas DRIBLE NA CRISE

Estudo feito em Minas mostra avanço do setor de TI e perspectivas de expansão em 2015

Atividade dá emprego a 45 mil pessoas


postado em 28/05/2015 06:00 / atualizado em 28/05/2015 07:29

Para Matt Montenegro, crescimento se manterá, embora em menor ritmo (foto: Beto Magalhães/EM/D.A PRESS)
Para Matt Montenegro, crescimento se manterá, embora em menor ritmo (foto: Beto Magalhães/EM/D.A PRESS)
 

Minas Gerais está se firmando como polo da indústria de tecnologia. No ramo da tecnologia da informação (TI), o avanço foi acentuado no número de empresas e empregados do setor no estado entre 2009 e 2013, de acordo com estudo que mapeou a atividade pela primeira vez, numa parceira do Sindicato das Empresas de Informática de Minas Gerais (Sindinfor) com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). As 3.506 empresas do segmento representaram em 2013 11% do total no Brasil e o contingente de 45.104 trabalhadores respondiam por 7,7% da média nacional. Segundo o levantamento, houve aumento dos números de empresas e empregados de 2012 para 2013 de 2,8% e 12,7%, respectivamente.

Os dados são do Indica-TI ou Estudo de Indicadores Econômicos, divulgado ontem. De acordo com o presidente do Sindinfor, Arquimedes Wagner Brandão de Oliveira, é possível que os números de 2014 e deste ano, que ainda estão sendo levantados, apresentem uma desaceleração devido às dificuldades impostas pelo cenário econômico do país. “Minas detêm uma importante fatia do mercado, mas a falta de confiança do empresariado e dos consumidores deve afugentar os investimentos que eram esperados para o setor. No entanto, ainda devemos fechar o ano com crescimento, uma vez que a maioria dos outros setores são hoje dependentes de tecnologia da informação”, explicou.

O Indica-TI aponta que a confiança dos empresários do setor é negativa, com 47,9 pontos. A confiança nas condições de negócio no país e no estado é ainda mais baixa, 14,4 pontos e 18,4 pontos, respectivamente, que são compensados pela confiança nas condições de negócios da própria empresa, indicador que alcançou 41 pontos. Ao analisar as expectativas para os próximos seis meses os indicadores são mais positivos, e a confiança dos empresários alcançam 57,3 pontos, estimulada pelas perspectivas positivas de negócio na própria empresa (63,2 pontos) e no estado (54,4 pontos). Já para o país, o indicador ficou abaixo de 50 pontos (45,6).

Para a analista de estudos econômicos da Fiemg Annelise Rodrigues Fonseca, os indicadores mostram o descontentamento dos empresários do setor, que estão menos confiantes diante da alta dos juros e da inflação, da queda do consumo e do crédito mais caro, fatores que corroem a renda das famílias. “O cenário atual leva a esse baixo índice de confiança, mas chamam a atenção as perspectivas positivas para os próximos seis meses. Isso quer dizer que o empresário, apesar das dificuldades, enxergam oportunidades no mercado, que deve voltar a crescer no segundo semestre”, analisa.

Principal executivo da startup Beved, Matt Montenegro acredita na melhora do setor e aposta em crescimento neste ano. “É difícil dizer que vamos andar na contramão da crise. As pessoas estão mais receosas para contratar e investir, mas Minas vem se destacando no setor e apresenta crescimento continuo. Este ano está mais difícil, mas algumas empresas ainda continuam apresentando expansão, mesmo que em uma escala menor”, acrescenta. A empresa integra o polo que está se firmando no Bairro São Pedro, em BH, batizado de San Pedro Valley.

O Indica-TI deverá suprir o empresariado do ramo com informações oficiais de emprego, além de indicadores coletados a partir de uma pesquisa própria elaborada pelo Sindinfor e a Fiemg. A sondagem terá periodicidade trimestral e vai medir a percepção do empresário quanto a variáveis como faturamento e contratações.

e mais ...

Parada em Juiz de Fora

Depois da fábrica de São Bernardo do Campo (SP), a Mercedes-Benz deve adotar medidas de corte de produção nos próximos meses na unidade de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Segundo o sindicato local dos metalúrgicos, dois grupos de até 120 trabalhadores devem ter seus contratos de trabalho suspensos temporariamente, no chamado sistema de layoff, sendo um deles de julho a outubro e outro de novembro até o fim de março de 2016. Na planta mineira, há atualmente cerca de 100 trabalhadores com contratos suspensos, que devem retornar ao trabalho na próxima segunda-feira.

Concessão da Cemig
O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) adiou, mais uma vez, o julgamento do processo da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) sobre a manutenção da usina hidrelétrica de Jaguara no guarda-chuva da companhia. A empresa tem um mandado de segurança que permite que a usina continue sob sua concessão até o julgamento do mérito do caso, uma vez que não aceitou as condições impostas pelo governo (MP 579/2012) para prorrogar o contrato da hidrelétrica por mais 30 anos, prevendo redução nas receitas da concessionária. A Cemig alega que o contrato de Jaguara permite mais uma renovação automática por 20 anos sem queda de faturamento.

Varejo em baixa
As vendas do varejo caíram 0,5% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, de acordo com o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV). O resultado é pior do que a expectativa que a entidade havia divulgado para o mês, de crescimento de 3,4%.  O indicador de vendas que leva em conta apenas lojas abertas há mais de um ano, apresentou queda de 4,7% em abril, ante igual período de 2014.  Em nota, a presidente do IDV, Luiza Helena Trajano, considera que o desempenho de janeiro a abril foi o pior em três anos.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)