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Estado de Minas

AL e Caribe podem receber mais investimento com mudanças na China, diz a Cepal


postado em 25/05/2015 17:31

São Paulo, 25 - As mudanças no modelo econômico da China, ainda que levem a uma desaceleração do gigante asiático no curto prazo, pressionando os preços de commodities, podem nos próximos anos beneficiar o Brasil e região, que receberiam mais investimentos chineses, segundo análise da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). A conclusão consta de documento elaborado em razão da visita do primeiro-ministro da China, Li Keqiang, à sede da Cepal, no Chile, nesta segunda-feira, 25.

"As reformas em curso na China podem impulsionar decididamente os fluxos de Investimento Estrangeiro Direto (IED) para a América Latina e o Caribe nos próximos anos", diz a Cepal. Segundo a eConfederaçãontidade, o menor ritmo de expansão esperado para os investimentos locais, o excesso de capacidade que apresentam várias indústrias chinesas, o aumento dos custos trabalhistas e a busca por oportunidades seguras e rentáveis de investimentos devem induzir a uma maior saída de capitais do país ao exterior.

A Cepal afirma que a América Latina e o Caribe oferecem interessantes oportunidades para esses capitais, incluindo um importante mercado de consumo, a proximidade e acesso preferencial de alguns países aos Estados Unidos e a abundância de recursos naturais. É preciso, no entanto, que as agências de atração de investimentos da região tenham um papel mais ativo, difundindo informações regulatórias e sobre potenciais projetos.

O IED da China na região deu um salto nos últimos anos. A Cepal estima que nas duas décadas antes de 2010 esse volume somou algo perto de US$ 7 bilhões, sendo que em 2010 o total foi de US$ 13,7 bilhões, recuando para US$ 9,6 bilhões em 2013. Mesmo assim, ainda representa somente entre 5% e 6% do IED total recebido pela região. Para 2014 os dados oficiais ainda não estão disponíveis, mas a estimativa é de que tenha havido um leve aumento, especialmente em função de grandes aquisições de empresas chinesas no Peru. Entre 2010 e 2013, quase 90% do total foram para os setores de recursos naturais, em especial o petróleo.

A Cepal explica que os dados oficiais sobre IED da China não captam a real magnitude desses investimentos, já que tradicionalmente as empresas chinesas canalizam a maior parte dessas operações por meio de outros países. Assim, a entidade usa estimativas próprias, com base nos dados das empresas chinesas e outras fontes complementares.

Desde 2012, a China passa por um processo de reequilíbrio da sua economia, com mais estímulos ao consumo doméstico e menos foco nas exportações e investimentos. "Todos esses elementos geram oportunidades e desafios para as relações econômicas entre a América Latina/Caribe e China, que terão cada vez mais importâncias nos próximos anos", diz a Cepal.


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