A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,6% em maio, após subir 1,07% em abril, informou nesta sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado anunciado nesta sexta, o índice acumula altas de 5,23% no ano e de 8,24% em 12 meses, acima do teto de tolerância do governo, de 6,5% ao ano.
É o maior resultado desde janeiro de 2004, quando ficou em 8,46%. No mês de maio do ano passado, o IPCA-15 tinha sido de 0,58%. Na análise regional, a maior taxa partiu da região metropolitana de Fortaleza (1,23%) e a menor, de Brasília (0,14%). O índice em Belo Horizonte ficou u em 0,6%.
Energia elétrica Segundo o IBGE, o índice de maio desacelerou de forma intensa na comparação com abril sob influência dos preços da energia elétrica. As contas de energia, que têm peso de 3,88% nas despesas das famílias, tiveram alta de 13,02% no mês passado, enquanto em maio a variação foi de 1,41%. Com isso, o índice do grupo habitação recuou de 3,66% para 0,85%. A forte elevação em abril refletiu reajustes que passaram a vigorar em 2 de março, tanto na bandeira tarifária vigente (vermelha) - que aumentou 83,33% - quanto nas tarifas, com a ocorrência de reajustes extraordinários.
Vilões
O grupo Saúde e Cuidados Pessoais (1,79%) foi o mais elevado no mês. Nele, o destaque ficou com os produtos farmacêuticos, cujos preços aumentaram, em média, 3,71% tendo em vista o reajuste vigente desde 31 de março.
O menor resultado de grupo foi o dos Transportes, com queda de 0,45%. Segundo o IBGE, devido à queda de 23,61% no preço das passagens aéreas. Além disso, os combustíveis (-0,83%) ficaram mais baratos. De um mês para o outro, o litro da gasolina passou a custar 0,63% a menos e o do etanol se reduziu em 2,11%.
Nos alimentos a alta foi de 1,05%, destacando os aumentos nos preços do tomate (19,79%) cebola (18,83%), cenoura (10,45%), leite (2,64%), pão francês (2,23%), óleo de soja (2,17%), carnes (1,40%),frango em pedaços (1,30%). (Com agências)