O cenário de instabilidade da economia brasileira reflete na alta da taxa de desemprego. Em março, o índice subiu para 6,2%, acima do observado no mesmo mês de 2014 (5%). É o mesmo resultado de 2012 e o maior registrado em um mês de março desde 2011, quando a taxa foi 6,5%. Em fevereiro, a taxa de desocupação era de 5,9%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na Grande BH, a taxa foi de 4,7%, superior aos resultados de março de 2014 (3,6%), mas inferior ao de fevereiro de 2015 (4,9%). Frente a fevereiro de 2015, a ocupação cresceu no setor de comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos (+5 mil pessoas), na Administração Pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais (+ 18 mil pessoas), nos Serviços domésticos (+11 mil pessoas) e nos Outros serviços (+26 mil).
Segundo Maria Lúcia Vieira, pesquisadora do IBGE, as pessoas que perderam seus empregos podem não estar encontrando novo. "Isso revela que pessoas estão saindo de seus postos de trabalho e nem todas estão conseguindo se recolocar", destaca a gerente.
Fila A população desocupada cresceu 23,1% em março ante igual mês de 2014, o que significa 280 mil pessoas a mais na fila do desemprego. Além disso, a população ocupada diminuiu 0,9% em março ante igual mês do ano passado, o que significa destruição de 197 mil postos de trabalho na comparação anual. Nesse mesmo período, a população economicamente ativa cresceu 0,3% (+83 mil pessoas), enquanto o contingente de inativos aumentou 1,5% (+291 mil pessoas).
Rendimento
De acordo com o IBGE, o rendimento real habitual do trabalhador foi R$ 2.134,60, menor que o registrado em fevereiro de 2015 e março do ano passado, meses em que foram registradas, respectivamente, rendas de R$ 2.196,76 e de R$ 2.200,85. Em termos percentuais, o rendimento real habitual em março caiu 2,8% em relação a fevereiro deste ano e 3% na comparação com março do ano passado. (Com agencias)