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Estado de Minas

Nova greve retoma bloqueio de estradas

Caminhoneiros reclamam que o governo não atendeu pedidos de preço mínimo de frete e de redução do valor do óleo diesel


postado em 24/04/2015 06:00 / atualizado em 24/04/2015 07:22

Protesto interrompeu trânsito em rodovias de sete estados, com a PR-376, em Marialva, no Paraná(foto: JOAO PAULO SANTOS/AGB/ESTADAO CONTEUDO)
Protesto interrompeu trânsito em rodovias de sete estados, com a PR-376, em Marialva, no Paraná (foto: JOAO PAULO SANTOS/AGB/ESTADAO CONTEUDO)
Brasília – Os caminhoneiros voltaram a se manifestar pela fixação de um preço mínimo de frete e redução do preço do óleo diesel em vários estados do país. Desde a meia-noite de ontem, ocorreram atos em Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Ceará, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. De acordo com boletim divulgado pela Polícia Rodoviária Federal, havia 17 pontos de interdição ativos às 18h de ontem, a maior parte deles no Mato Grosso.

Segundo Ivar Schmidt, líder do Comando Nacional do Transporte, a categoria já está se organizando para levar as manifestações a mais estados. “Os protestos estão concentrados nas mesmas áreas ocupadas em fevereiro, mas já há movimentação em cidades do Pará, Maranhão, Espírito Santo e negociação com Alagoas. Além disso, desde a meia noite de ontem, os transportadores de combustíveis de cinco estados estão parados”, afirmou. Para o caminhoneiro Paulo César Gossler, de Santa Catarina, os novos protestos são fruto da falta de interesse das autoridades em concluir as discussões. “É intransigência do governo não atender aos pedidos dos caminhoneiros sobre o frete. Nós somos muito explorados e muitas vezes não recebemos o valor integral do frete, culpa de atravessadores que ficam com parte do dinheiro”, reclamou.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, sinalizou que o governo será rigoroso em relação ao bloqueio de rodovias. No entender dele, o estabelecimento de um valor mínimo para o frete não tem respaldo legal. “A tabela referencial de preços é um instrumento que baliza negociações, enquanto a impositiva é inconstitucional”, afirmou. Em comunicado, a PRF no Paraná informou que continua válida a decisão da Justiça Federal que estabelece multa de até R$ 50 mil por hora a cada manifestante que se recusar a liberar pistas.

Durante duas semanas, entre fevereiro e março, o caminhoneiros reivindicaram, além de fixação do frete e revogação do último aumento do PIS e da Cofins sobre o diesel, que elevou o combustível em R$ 0,15 nas refinarias, a abertura de linha de crédito especial para o transportador autônomo de cargas. Eles pedem reserva de mercado de 40% em mercadorias transportadas no país, carência de 12 meses para pagamento de financiamento de caminhões e a criação de um fórum permanente de debates para discutir as demandas.

O Paraná contabilizou quatro interrupções em rodovias federais por causa da greve dos caminhoneiros, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) no estado. Apenas um ponto tem bloqueio parcial de fato na estrada. É o caso do quilômetro 186 da BR-376 em Marialva, onde uma faixa permanecia bloqueada até o começo da noite em cada sentido, mas o fluxo estava liberado para veículos de passeio. Nos outros três trechos, os participantes do protesto paravam apenas os caminhões e os direcionavam para pátios de postos de combustíveis.

Em São Paulo, caminhoneiros bloquearam trechos da rodovia BR-163 na tarde de ontem, de acordo com o Centro de Controle Operacional da Rota do Oeste. Os manifestantes interditaram a via no quilômetro 599, em Nova Mutum, às 15h27. Segundo a concessionária, havia seis pontos de bloqueio em rodovias do Estado. Os demais trechos de interdição na rodovia BR-163 estavam nos quilômetros 593, em Nova Mutum, 686, em Lucas do Rio Verde, e 747, no município de Sorriso. Havia, também, trechos bloqueados na BR-364, nos quilômetros 201 e 206, em Rondonópolis.


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