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Estado de Minas

Investimento deve continuar em queda em 2015, prevê a FGV


postado em 14/04/2015 08:01

Brasília, 14 - Depois de atingir, em 2014, a menor taxa dos últimos cinco anos, os investimentos deverão continuar em queda este ano. É o que preveem os pesquisadores José Roberto Afonso e Bernardo Fajardo, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV). "A perspectiva é negativa e a situação, bastante complicada", resumiu Fajardo. O ajuste nas contas públicas, a crise das construtoras e o rebaixamento da nota de crédito da Petrobrás serão os principais obstáculos.

O trabalho decompõe os investimentos nos últimos 20 anos entre setor privado, setor público e empresas estatais. O objetivo foi compreender como cada grupo atuou na formação bruta de capital fixo no País e, assim, traçar uma perspectiva para o futuro e uma estratégia de recuperação.

Eles constataram que o setor privado, responsável pela maior fatia dos investimentos, atua conforme os ciclos de alta e baixa da economia. De forma que, no atual quadro, tende a reduzir seus gastos em expansão da capacidade de produção. A menos que haja um conjunto de estímulos consistentes, e não as desonerações tributárias e subsídios localizados que marcaram o governo anterior. O setor enfrenta no momento um grande gargalo, que é a redução e encarecimento do crédito.

Os números mostram que quem remou contra a maré da baixa na economia nos últimos anos, buscando aumentar investimentos em momentos de crise, foram as empresas estatais e o próprio governo, notadamente os de Estados e municípios. Porém, há problemas nesses dois motores. No caso das estatais, pelas dificuldades enfrentadas pela principal delas, a Petrobras. No setor público, por causa do ajuste fiscal.

Estatais

Comparando o quadro de 2014 com o de 20 anos atrás, os pesquisadores constataram que a taxa de investimento caiu no período, de 20,75% do Produto Interno Bruto (PIB) para 16,81% do PIB. O único grupo que apresentou aumento nos investimentos foram as empresas estatais, que passaram de 0,76% do PIB para 1,86% do PIB. Elas, que representavam 3,68% do total dos investimentos em 1994, responderam por 11,08% em 2014.

Esse movimento foi liderado pela Petrobras, que se converteu numa alternativa do governo para estimular os investimentos, principalmente após a crise de 2008/2009. Em 1994, ela representava 57,8% do total das estatais, passando para 89,1% em 2014.

Mas a estratégia de puxar os investimentos pela estatal do petróleo começou a falhar em já em 2014. "A operação Lava Jato contribuiu, mas o principal é a perda de credibilidade da Petrobras por questões gerenciais e o corte do rating", avaliou Fajardo. O rebaixamento da nota de avaliação de crédito vai encarecer as captações de recursos da empresa e puxar para baixo seus investimentos este ano. O que evitou uma queda mais acentuada do investimento no ano passado foi o setor público, em especial Estados e municípios. As informações são do jornal

O Estado de S. Paulo.


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