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Estado de Minas

Argentina inicia greve de 24 horas e voos da TAM e Gol são cancelados

Companhias aéreas TAM e Lan Chile, além da Gol, anunciaram o cancelamento dos voos procedentes e com destino à Argentina


postado em 31/03/2015 07:43 / atualizado em 31/03/2015 09:45

A greve geral liderada pelo setor dos transportes contra o aumento de impostos na Argentina teve início no primeiro minuto desta terça-feira. A paralisação de 24 horas foi convocada para pedir a redução ou a eliminação de um imposto aplicado sobre os salários e servirá para medir forças antes do início das negociações salariais paritárias com as empresas.

A medida de força, quarta desse tipo desde 2012, é também uma demonstração de poder ao próximo governo que assumirá em dezembro. O protesto ameaça paralisar os serviços de ônibus, metrô, trens, táxis, abastecimento de combustíveis, transporte aéreo comercial, cargas e portos, além dos setores médico, bancário e de alimentação, entre outros. Devido à greve, as companhias aéreas TAM e Lan Chile, além da Gol, anunciaram o cancelamento dos voos procedentes e para a Argentina.

Em nota, a TAM informou que foram cancelados 19 voos: dois sairiam nessa segunda-feira do Brasil, em horários previstos para 21h30 e 21h39. Os voos saindo da Argentina e um de Assunção, no Paraguai, com destino a Buenos Aires, também foram cancelados. Confira a lista.

A companhia explicou que os passageiros afetados poderão remarcar a data da viagem para os próximos 15 dias, sem custos adicionais, ou então alterar o destino, sem aplicação de multas. A TAM informou que os clientes devem entrar em contato com a central de atendimento, no Brasil, 4002-5700 (capitais) e 0300-570-5700 (demais localidades). Na Argentina, o telefone é 0810-333-3333.

Na Gol, foram seis voos cancelados: três saindo de São Paulo e três da Argentina. A empresa divulgou nota em que diz em que os clientes prejudicados pelos cancelamentos estão sendo procurados pela empresa para reacomodação em outros voos. Os telefones de contato no Brasil é 0800 704 0465 e, na Argentina, 0810 2663 131.


Uma greve política

O chefe de Gabinete, Aníbal Fernández, criticou nessa segunda-feira os grevistas em uma coletiva de imprensa. "Que país lindo seria se não houvesse nenhum imposto! Mas isso é impensável. Este imposto é cobrado no mundo todo".

"Começaremos a tomar decisões de outras características quando não houverem as condições mínimas necessárias para que se possa prestar o serviço que esperamos", ameaçou Fernández. "Aqueles que cometerem excessos serão presos".

Partidos de esquerda anunciaram nesta segunda-feira que tentarão formar piquetes em acessos à capital federal, mas sem contar com o apoio dos sindicatos convocadores, que não farão comícios e passeatas.

O governo se reuniu nessa segunda-feira com empresários do transporte para obter a garantia de um serviço mínimo, sob a ameaça de sanções.Os sindicatos responderam com dureza contra o que entenderam como uma provocação e anunciaram que, se suas demandas não forem atendidas, será feita uma nova greve, desta vez por 36 horas.

"Precisamos de um espaço para o diálogo. E se continuarem com as provocações e sem dar respostas às reclamações, as medidas de força vão aumentar", afirmou o líder do sindicato de caminhoneiros e membro de uma central trabalhista opositora, Hugo Moyano, um ex-aliado de Kirchner.

Segundo o ministro da Economia, Axel Kicillof, o imposto não será modificado porque "afeta uma minoria que ganha mais", cerca de 850 mil trabalhadores sobre uma força de 11 milhões de assalariados, segundo estimativas oficiais. O imposto é aplicado progressivamente sobre os salários superiores a 15.000 pesos (1.700 dólares) até uma alíquota máxima de 35%.

No fim do ano passado, o governo conseguiu que os sindicatos suspendessem uma greve parecida, ao anunciar que o rendimento médio de dezembro seria isento de imposto de renda.


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