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Estado de Minas

Índice de confiança da construção atinge seu nível mais baixo


postado em 06/03/2015 21:07

Rio, 06 - A demanda insuficiente preocupa 42,8% das empresas do setor de construção, de acordo com dados da sondagem empresarial do setor divulgados nesta sexta-feira, 6, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado representou um aumento significativo em relação ao verificado em igual mês de 2014 e atingiu o maior porcentual da série, iniciada em julho de 2010.

Além disso, os empresários se mostram incomodados com “aspectos políticos” correntes, algo que sequer era mencionado no ano passado. Em fevereiro de 2015, o Índice de Confiança da Construção (ICST) caiu 6,9% ante janeiro, para 83,8 pontos, o menor nível da história do indicador.

No início de 2014, 23,7% das empresas do setor de construção apontavam a demanda insuficiente como um obstáculo aos negócios. No período de um ano, também aumentaram as reclamações sobre limitações de ordem financeira e acesso ao crédito bancário.

“Esses três fatores limitativos mostram, por um lado, a baixa demanda por novos empreendimentos no setor imobiliário e também de infraestrutura, e, por outro lado, os efeitos da política monetária, que tornaram o crédito mais caro e restrito às empresas”, comentou a economista da FGV Ana Castelo, responsável pela pesquisa.

Mão de obra

Já a escassez de mão de obra, um problema típico de períodos de economia aquecida, deixou de ser um fator limitador para uma fatia considerável de empresários. No mês passado, 25% das companhias consultadas listaram essa preocupação, o menor nível da série. Em fevereiro de 2014, esse número era de 36,1%.

A aceleração da inflação, por sua vez, elevou o número de reclamações sobre o custo de matérias-primas. Na pesquisa feita no mês passado, esse fator foi citado por 15,5% das companhias, mais do que o dobro de um ano antes.

Há ainda empresários que listaram outras limitações à expansão dos negócios. Em uma pergunta cuja resposta é livre, 16,2% das empresas participantes da sondagem optaram por descrever questões além daquelas previamente apresentadas.

Dessas companhias, quase metade (48,6%) citou “aspectos políticos” como uma preocupação. O cenário macroeconômico (30,3%) também é um obstáculo. Em 2014, menções ao ambiente político nem sequer apareciam no questionário, enquanto a economia era um percalço para apenas 8,3% dos empresários.

“Há uma preocupação muito grande com a atividade, e ela deve continuar em desaceleração, com repercussão sobre o mercado de trabalho”, disse Ana. “Há um número significativo e predominante de empresas apontando redução nos postos de trabalho. E a indicação é de que demissões devem prosseguir no início deste ano”, acrescentou a economista.


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