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Estado de Minas

Rodada Doha pode ser concluída até julho, diz Azevêdo, da OMC


postado em 03/03/2015 15:07

Brasília, 03 - O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, discute nesta terça-feira, 3, com os ministros da Fazenda, Joaquim Levy; da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto; e das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para discutir a conclusão dos trabalhos envolvendo o modelo final do acordo comercial da Rodada Doha e pedir a ratificação do acordo das conversas realizadas em Bali, na Indonésia. "A nossa expectativa é de que se possa concluir a rodada em pouco tempo. A meta é julho", disse Azevêdo.

A principal autoridade do órgão multilateral de regulação do comércio global disse que houve avanços em pontos importantes do acordo mundial de abertura de mercado, incluindo a área agrícola - principal ponto de resistência do Brasil. "Eu não consigo imaginar um desfecho desse esforço (Doha) sem que se encontre resultados em agricultura", afirmou, mas ressaltando que o Brasil precisa se "engajar" para ajudar a "quebrar nós que estão esbarrando a negociação".

Iniciada em 2001, mas suspensa desde 2008, a Doha está congelada no âmbito das relações internacionais. "As posições originais que existiam em 2008 eu acho que permanecem", disse Azevêdo. "Mas vejo que há uma maior abertura para encontrar caminhos que permitam encontrar resultados que sejam melhores para todos", observou.

À frente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o ministro Armando Monteiro destacou que há disposição do Brasil em conversar, mas que o "desafio é encontrar um "ponto de equilíbrio e de flexibilização das posições", numa referência clara aos países desenvolvidos - contrários, por exemplo, ao corte de subsídios agrícolas. "Há uma agenda de facilitação de comércio que podemos implementar com ganhos extraordinários", disse.

Já Mauro Viera, ministro das Relações Exteriores, completou a fala de Monteiro ressaltado que "o Brasil busca um resultado equilibrado que atenda não só a agricultura", sinalizando que o País pretende abrir mercado para manufaturados.

Para que isto ocorra, contudo, é necessário a assinatura do acordo de facilitação do comércio firmado na Indonésia até julho, antes da reunião prevista para julho, na Suíça, que irá preparar a conferência ministerial programada para dezembro em Nairóbi, capital do Quênia. "Acordo de Bali precisa da ratificação de dois terços dos integrantes da OMC", disse Azevêdo. "Alguns poucos países têm a capacidade de ratificar sem passar pelo trâmite Legislativo. Nesse momento três países fizeram isso: Estados Unidos, Cingapura e Hong Kong", contou.


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