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Estado de Minas

Impedido por esquema de segurança, buzinaço de caminhoneiros em Brasília perde força

Motoristas afirmam ter ficado com receio de prosseguir com ato pacífico depois de serem barrados por policiais militares e rodoviários, além de homens da Força Nacional


postado em 02/03/2015 11:34 / atualizado em 02/03/2015 11:43

Depois de programarem um grande buzinaço na Praça dos Três Poderes, em Brasília, as dezenas de caminhoneiros que seguiam em direção ao Plano Piloto pela BR-060 foram impedidas de prosseguir com o protesto pacífico após a montagem de um forte esquema de segurança da Polícia Militar de Goiás e do DF, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Força Nacional.

Entre os poucos motoristas que ficaram no local, o caminhoneiro Tiago Aragão, 32 anos, conta que às 4h de hoje, ele deu ignição no caminhão e iniciou o buzinaço no local. No entanto, sem adesão de outros trabalhadores, ele abandonou a ideia de ir à Esplanada. O homem também afirmou ter sofrido represálias de policiais. “Chegaram a dizer que se eu não parasse de buzinar, quebrariam meu veículo. Se dependesse de mim, eu já estava lá”, lamentou.

De acordo com informações preliminares da PRF, parte do grupo tentaria furar o bloqueio no km 30 da Br-060, acessando a DF-290, na altura do Engenho das Lajes.

O movimento nacional dos caminhoneiros contava com a liderança do motorista catarinense Ivar Luiz Schmidt, 44 anos, que não foi mais encontrado depois de publicar um vídeo nas redes sociais conclamando a categoria a realizar o ato durante todo o dia “contra a indiferença e a corrupção do governo”. Segundo colegas, ele teria abandonado o local de concentração dos caminhoneiros – um posto de combustíveis próximo a Luziânia.

Um helicóptero da Polícia Civil sobrevoa o local e várias viaturas da Polícia Militar fazem rondas desde a madrugada na região. Os caminhoneiros veem a situação como uma forma de coação e, por isso, decidiram não continuar com o protesto.

Revolta


Para conseguir atingir a meta no 13º dia do movimento, o próprio Schmidt percorreu vários trechos de rodovias goianas, para convencer motoristas a aderir e a chamar outros. Ele argumentou que as bandeiras do movimento, como redução do preço do diesel, melhora dos valores dos fretes e aprovação imediata da chamada Lei dos Caminhoneiros, que regula as condições de trabalho da classe, não foram atendidas. A palavra mais usada por eles é “revolta”, negando o acordo brandido pelo governo nos últimos dias. “Estamos pagando para trabalhar” foi frase recorrente.

A Força Nacional e a Polícia Militar ainda não se pronunciaram sobre o assunto.


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