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Estado de Minas

Alta de impostos para combustíveis passa a valer no domingo

Consumidor tem que se apressar para encher o tanque com o valor antigo


postado em 31/01/2015 06:00 / atualizado em 31/01/2015 13:59

A partir de 0h de amanhã, preço da gasolina e do diesel será reajustado nas refinarias. Aumento vai chegar às bombas de abastecimento (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
A partir de 0h de amanhã, preço da gasolina e do diesel será reajustado nas refinarias. Aumento vai chegar às bombas de abastecimento (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Brasília
– Quem não quer pagar mais caro para encher o tanque deve se apressar. Hoje é o último dia para abastecer com preço antigo, sem a incidência do aumento nas alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição Financeira da Seguridade Social (Cofins). A partir da 0h de amanhã, a gasolina ficará R$ 0,22 mais cara nas refinarias. Já o litro do óleo diesel terá acréscimo de R$ 0,15. O repasse para as bombas vai depender de cada posto.

A elevação do PIS e da Cofins valerá por três meses, período necessário para a entrada em vigor da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide), que estava zerada desde 2012, e foi reabilitada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para tentar recompor o caixa do governo. Com a medida, o governo espera arrecadar R$ 12,2 bilhões neste ano.

Nos postos de gasolina, o movimento vem crescendo nos últimos dias. “O povo está aproveitando que o preço ainda não aumentou para encher o tanque”, disse Francisco Gomes, gerente de posto, que tem ouvido muitas reclamações dos clientes. “Todo mundo sabe que está ruim agora, mas vai piorar depois.” Ciente disso, o auxiliar administrativo Yuri Sousa, de 20 anos, já resolveu encher o tanque antes que fique mais caro. “Se o transporte público fosse um pouco melhor, poderia arriscar”, cogitou, se considerando sem alternativa a elevação dos preços. Por enquanto, vai tentar controlar as contas para manter o carro na rua.

Na casa da servidora pública Maria Emília Machado, de 55 anos, os quatro membros da família tem automóveis próprios. Para tentar economizar, vão fazer um revezamento de carros. Se não der, vão deixá-los na garagem. Os dois filhos já tem trocado o carro pelo ônibus por dificuldades de arcar com os custos, com a alta, então, vai ficar mais difícil. "Durante a semana, pegam ônibus quase todos os dias", contou.

Quem também vai passar a usar o transporte público é a administradora Graziele Ribeiro, de 24 anos. O plano é deixar o carro em casa pelo menos duas vezes por semana, a partir de fevereiro. “Muitos dos meus colegas já estão se juntando para ir trabalhar no mesmo carro, para gastar menos com gasolina”, contou. Nos postos de combustível, a expectativa é de que haja uma retração nas vendas. “O que nós estamos esperando é uma queda no consumo”, lamentou Alisson Proazzi, gerente de posto.

Agência de risco rebaixa nota da Petrobras

Brasília – A dificuldade de mensurar o valor das perdas causadas pela corrupção e a publicação do balanço sem os ajustes da baixa contábil fizeram a Petrobras ser rebaixada em todos os ratings pela agência de classificação de risco Moody’s, na madrugada de ontem. As notas da petroleira foram cortadas de Baa2 para Baa3, deixando a companhia a um passo de perder o grau de investimento.

Essa é a terceira vez que a nota da estatal é reduzida pela Moody’s em quatro meses, em meio às investigações da Operação Lava-Jato. Apesar da agência ter mantido o rating da companhia em perspectiva negativa – o que demonstra que novos rebaixamentos podem ocorrer a curto prazo –, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou que não trabalha com a hipótese de perda de grau de investimento.

Para a Moody’s, no entanto, a estatal falhou em informar, com clareza, a magnitude dos ajustes que refletem pagamentos superfaturados ligados à fraude e “isso não é um sinal encorajador para o relatório auditado do fim do ano”, informou em nota. A redução reflete a desconfiança da classificadora de risco de que a Petrobras será capaz de honrar os compromissos com investidores e credores.

A agência esclareceu que o rating da companhia pode ser rebaixado se a empresa não avançar ao longo do próximo mês na elaboração normal dos informes financeiros, principalmente se não houver “outras ações que reduzam as incertezas em torno da capacidade da companhia de cumprir todas as suas obrigações financeiras no tempo adequado”.

Com o rebaixamento, a Petrobras voltou a impulsionar as perdas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O pregão do último dia da semana fechou em queda de 1,79%, ampliando os resultados negativos da semana (-3,83%) e do mês (-6,2%). O Ibovespa, principal indicador da bolsa, registrou ontem 46.907pontos, menor patamar de fechamento desde 19 de março do ano passado, quando encerrou a 46.567 pontos. A perda só não foi maior devido às altas da Vale e de outras exportadoras, favorecidos pela alta do dólar.

As ações da estatal despencaram pelo terceiro dia seguido. As ordinárias (ON) da petroleira caíram 5,08%, cotados a R$ 8,04, menor valor desde 26 de agosto de 2004, quando eram negociadas a R$ 8,02. As preferenciais (PN), que têm prioridade na distribuição de dividendos, despencaram 6,51%, para R$ 8,18, menor valor desde 16 de maio de 2005. Com isso, as ações acumulam queda de 18,2% na semana e as ON, 15,55%. No ano, há desvalorização acumulada de 18,36% e 16,16%, respectivamente.


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