Recuo de carga de energia elétrica afetou 54 cidades mineiras, segundo a Cemig

Cerca de 280 mil clientes da área de concessão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) foram afetados pela redução do fornecimento de energia elétrica recomendado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) nessa segunda-feira. A medida, que foi tomada a pedido do órgão, atingiu 54 municípios mineiros. Os dados só foram divulgados pela Cemig nesta terça-feira.

De acordo com a Cemig, a operação de seu sistema ocorreu de acordo com as orientações do ONS e, a partir das 15h32 iniciou o processo de restabelecimento das cargas, tendo sido concluído às 16h38. A Cemig é responsável por 96% da distribuição da energia do estado, onde há 853 cidades.

Além de Belo Horizonte, que teve o fornecimento parcialmente afetado, as outras cidades mineiras que sofreram com a falta de energia elétrica foram: Aimorés, Alvarenga, Antônio Dias, Bonfim, Brumadinho, Cachoeira do Campo, Capitão Andrade, Conquista, Conselheiro Pena, Coronel Fabriciano, Crucilândia, Cuparaque, Delta, Dom Cavati, Engenheiro Caldas, Esmeraldas, Espinosa, Fernandes Tourinho, Galileia, Goiabeira, Gorutuba, Governador Valadares (parcial), Igarapé, Ipatinga (parcial), Itabira, Itacarambi, Itanhomi, Itueta, Jaguaraçu, Jaíba, Japonvar, Jataí, Juatuba, Juvenília, Manga, Mário Campos, Mateus Leme, Matias Cardoso, Miravânia, Pintópolis, Resplendor, Ribeirão das Neves (parcial), Santa Rita do Itueto, São Francisco, São Geraldo do Baixio, São João das Missões, São Joaquim de Bicas, Sobrália, Tarumirim, Tumiritinga, Uberaba (parcial), Varzelândia e Verdelândia.

Minas Gerais, outros sete estados e o Distrito Federal realizaram o corte de energia à pedido do ONS. De acorod com o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Reive Barros, a ação do ONS evitou 'desastre maior' no setor elétrico do país. Segundo ele, no momento em que o ONS detectou uma queda na frequência do sistema determinou que as distribuidoras cortassem carga de energia. Esse corte foi feito de forma preventiva, por meio de um processo manual.

Barros reconheceu que o Brasil vive um momento de queda nos reservatórios das hidrelétricas e elevado consumo, devido às altas temperaturas no verão. "Esses dois fatores fazem com que a alteração do sistema seja feita com mais cuidado", disse. O diretor admitiu ainda que as linhas de transmissão estão operando no limite de capacidade devido à transferência de grandes blocos de energia de uma região para outra.

Volume recorde de consumo

As regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste registraram na segunda-feira, um volume recorde de consumo de energia. Às 14h32, segundo informações do ONS, as regiões, tratadas como uma única área pelo órgão, chegaram a um pico de 51.596 megawatts (MW). O recorde anterior havia sido registrado uma semana atrás, com demanda de 51.295 MW no dia 13/01/2015. No Nordeste, o recorde de carga chegou a 12.166 MW às 15h34, sendo que o recorde anterior era de 11.999 MW, ocorrido em 14/01/2015.

Com Agência Estado