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Estado de Minas EM UM CLICK

Cerca de 30% dos brasileiros já navegam na internet pelo celular

Aparelhos ganharam importância na rede mundial, mas as empresas não investiram o bastante e regulação é branda


postado em 28/12/2014 07:00 / atualizado em 28/12/2014 07:53

Os smartphones ultrapassaramas vendas dos aparelhos tradicionais,mas planos sãocaros e limitam tempo de uso(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Os smartphones ultrapassaramas vendas dos aparelhos tradicionais,mas planos sãocaros e limitam tempo de uso (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
O celular deixou de ser apenas um telefone, respondendo por um crescimento vertiginoso dos acessos à internet, segundo a empresa de consultoria Teleco. No Brasil, até 2010, apenas 5% usavam o aparelho para se conectar. Em 2011, já eram 17%; um ano depois 24% e 2013 fechou com 31%. A tendência é reforçada pelo aumento das vendas de smartphones. Em maio do ano passado, a quantidade de aparelhos comercializados ultrapassou a procura pelos celulares tradicionais. Em setembro, dos 7,2 milhões de telefones móveis vendidos no Brasil 5,9 milhões eram smartphones.

O diretor e conselheiro do Clube de Engenharia, Marcio Patusco, afirma que a baixa qualidade do serviço de conexão à rede mundial é fruto do investimento insuficiente das operadoras. “Fato é que as empresas focaram muito mais nas vendas de celulares do que na infraestrutura de suporte e de atendimento. O resultado é um serviço sofrível, caro, e por incrível que pareça , apesar do grande número de terminais, não universalizado”, afirma. Segundo ele, uma saída para forçar a melhoria do serviço seria impor sanções “pesadas”, como o impedimento à comercialização de novas linhas.

Na última aferição feita pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em setembro, referente à velocidade instantânea, a TIM também é a empresa que mais desrespeita a norma, de atingir pelo menos 30% da velocidade contratada em 95% das medições. A operadora não cumpriu a regra em 18 estados; a Oi desrespeitou a norma em 11 e a Vivo em um.


O regulamento de sanções da agência reguladora prevê sete tipos de punição para as empresas que descumprem as normas: advertência; multa; suspensão temporária; obrigação de fazer; obrigação de não fazer; caducidade e declaração de inidoneidade. “Caso ocorram indícios de descumprimento de obrigações por parte das prestadoras de telecomunicações, qualquer penalidade só pode ocorrer após realização de processo administrativo”, diz em nota a Anatel. A agência não informou quantas multas foram aplicadas. As multas podem atingir até R$ 50 milhões por infração.

O usuário pode consultar a qualidade do serviço de acordo com o município onde reside. Um problema é que em algumas cidades, só uma empresa presta o serviço. Assim, não resta alternativa. Com base no levantamento feito pelo Estado de Minas sobre o funcionamento do serviço de transmissão de dados em dispositivos móveis, em cinco cidades do estado a Oi descumpre a meta estabelecida pela agência nos oito meses em que os dados foram avaliados e, para piorar, em pelo menos um mês o indicador de conexão de dados é inferior a 60%. São elas: Cachoeira de Pajeú (56,79% em junho), Comercinho (56,22% em junho), Francisco Badaró (55,9% em julho), Jordânia (59,82% em março), e São João Evangelista (54,65% e 54,9% em fevereiro e março, respectivamente). De acordo com a Anatel, abaixo de 80% o índice já é classificado com a cor vermelha, nível mais crítico.

Para fiscalizar Para permitir que o consumidor escolha a operadora que melhor poderá atendê-lo, a Anatel criou um sistema que permite a comparação do serviço de telefonia móvel de acordo com o município selecionado. O dispositivo possibilita ao usuário verificar a qualidade tanto da transmissão de dados quanto do serviço de voz. O aplicativo pode ser consultado no site da agência reguladora (www.anatel.gov.br) e pode também ser baixado no celular.


Além da qualidade do serviço, o usuário precisa ficar atento ao preço e às condições de uso de cada plano, segundo Milton Kaoru Kashiwakura, diretor de Projetos Especiais e Desenvolvimento do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). A instituição é o braço executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), responsável por coordenar as iniciativas e serviços da internet no país. Isso, porque, diferentemente dos planos de banda larga fixa, os voltados para internet móvel têm anunciado a adoção de tempo de uso limitado, apesar de os preços de ambos estarem em patamares próximos.


“A franquia deveria ser melhor calculada. É importante saber qual o limite de uso do plano. Em alguns planos, com a conexão a 1 megabyte por segundo (1 Mb/s), o usuário só pode usar 30 minutos de internet por mês”. Uma saída para as operadoras melhorarem a qualidade do serviço e, logo, os indicadores apurados pela agência reguladora, é a expansão dos pontos de conexão wi-fi. Algumas empresas investem no sistema para aliviar a demanda pelo 3G. Além de ter um custo de implantação consideravelmente menor, o sinal do wi-fi permite ao usuário da operadora melhor conectividade e velocidade de conexão. A Oi é a operadora com mais pontos, tendo mais de 700 mil em todo o país.

Operadoras prometem melhorias

OI
Até o fim do terceiro trimestre de 2014, a Oi investiu R$ 4 bilhões, visando à expansão e melhoria da qualidade da rede móvel (3G e 4G) e da rede fixa para serviços de banda larga e TV paga. A operadora complementou sua cobertura de banda larga móvel com o lançamento da rede Oi WiFi, para proporcionar melhor experiência de uso da internet móvel aos seus clientes, complementando as estruturas 2G, 3G e 4G. Sobre os resultados da medição de qualidade de banda larga feita pela Anatel, a Oi esclarece que as situações em que as metas estipuladas não foram alcançadas já estão mapeadas e passam por análise e tratamento cuidadoso pela companhia.

TIM
A TIM acompanha com atenção a medição da banda larga móvel realizada pela Anatel e está focada na melhoria do serviço em Minas Gerais e em todo o Brasil, para acompanhar o constante crescimento do tráfego de dados. No entanto, a empresa entende que a atual metodologia adotada pela Entidade Aferidora da Qualidade (EAQ) deve evoluir e, inclusive, manifestou-se sobre o tema junto ao órgão regulador e à própria entidade. Na avaliação da operadora, o processo de medições por meio de dispositivos fixos instalados em pontos determinados não simula uma experiência real de uso e pode gerar inconsistências importantes no processo de coleta de dados e comparação dos indicadores.

Vivo
A Telefônica Vivo informa que seu desempenho evoluiu positivamente no cumprimento do plano de melhorias, apresentado à Anatel. Em Minas, de janeiro a agosto deste ano, a operadora superou todas as referências estabelecidas pela Anatel para taxa de conexão de dados para a rede 3G, a qual concentra a maioria do volume de tráfego de dados de acesso à internet. A companhia reitera que está redobrando esforço para aprimoramento contínuo dos serviços de internet móvel. A Vivo detém a melhor performance no Índice de Desempenho de Atendimento da Anatel, ocupando o primeiro lugar entre as operadores com atuação nacional.

CTBC
Na tecnologia 3G, mais apropriada à utilização de conexão de dados, o indicador apontado pela reportagem superou as exigências estabelecidas em todos os meses de medição, de acordo com a CTBC. Entretanto, como parte da base de clientes da companhia ainda usa a rede GSM, há um impacto na consolidação desse indicador. A companhia informa, ainda, que investe continuamente na ampliação da capacidade de suas estações e redes.


Claro
A Claro obteve desempenho de destaque nas últimas medições de qualidade de banda larga móvel divulgadas pela Anatel, referente aos meses de julho, agosto e setembro, informou a empresa. A operadora foi a única, entre as quatro maiores empresas do setor, a cumprir as metas estabelecidas nos dois indicadores avaliados em todos os estados analisados durante o trimestre. A Claro anunciou investimento de R$ 6,3 bilhões no país – de 2012 a 2014 –, para expansão de infraestrutura da rede, com o objetivo de garantir a qualidade dos serviços prestados aos seus mais de 70 milhões de clientes.

 


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