(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas GENÉTICA TURBINA LUCROS

Criadores de frangos utilizam técnicas que reduzem à metade o tempo para abate das aves

Raça desenvolvida a partir dos galos de briga é exemplo de ganhos: fêmeas põem, em média, 30% mais ovos que as galinhas comuns


postado em 15/12/2014 08:45 / atualizado em 15/12/2014 09:01

Atualmente, o abate pode ser feito em 40 dias, ou seja, até 50 dias a menos do que no passado(foto: Emmanuel Pinheiro/Estado de Minas-06/12/2005 )
Atualmente, o abate pode ser feito em 40 dias, ou seja, até 50 dias a menos do que no passado (foto: Emmanuel Pinheiro/Estado de Minas-06/12/2005 )

A produção brasileira de carne de frango deve fechar 2014 com aumento 2,8% acima da registrada em 2013. O percentual pode até parecer pequeno, mas representa 312 mil toneladas a mais: 12,650 milhões de toneladas contra 12,308 milhões de toneladas. O estudo é da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Segundo Ricardo Santin, vice-presidente de aves da instituição, “os números indicam uma recuperação da produção, que havia caído devido às crises internacionais, adequando-se à demanda do mercado”.

O aumento da demanda representa ainda mais ganhos para o criador que investiu em melhoramento genético, o que resulta em aves que podem ser abatidas em menor tempo e com maior peso. A estratégia é seguida tanto pelos grandes produtores, que destinam pesados investimentos a pesquisas, quanto por pequenos criadores, que conseguem melhorar os exemplares das granjas ou galinheiros por meio de cruzamento, por exemplo, de galinhas caipiras com machos de linhagens renomadas, adquiridos em centros de pesquisa.

“O melhoramento genético tem contribuído para redução do ciclo de produção, ou seja, o abate em menor tempo. Antigamente, por exemplo, abatiam-se os animais com idade, em média, entre 60 e 90 dias. Atualmente, em média, o abate ocorre entre 40 e 45 dias. Isso aumenta a produtividade”, explica Wallisson Lara Fonseca, analista de agronegócio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg).

Ele destaca que o melhoramento da raça reflete na chamada conversão alimentar, ou seja, a ave (abatida em menor tempo) ganha mais peso com a mesma quantidade de ração. Uma forma de melhoramento genético é o uso dos galos de sangue bom no meio de fêmeas “comuns”. “Isso melhora a próxima geração”, garante Luiz Fernando Teixeira Albino, professor do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e reconhecido especialista do assunto no Brasil.

SEM REMÉDIOS
Outro ponto positivo no avanço genético dos frangos é a possibilidade de produzir aves com a ausência da administração de antibióticos. Para isso, é necessária uma alimentação balanceada. “A ausência de antibióticos garante carne mais saudável”, destaca o analista de agronegócio da
Faemg. A qualidade da carne é um dos requisitos para o produtor conquistar o mercado externo. Dados da ABPA mostram que as exportações brasileiras de carne de frango (levando-se em conta produtos inteiros, cortes, processados e salgados) seguiram ritmo positivo em 2014.

No acumulado de janeiro a novembro, segundo a entidade, 3,65 milhões de toneladas foram embarcadas para fora do país. O resultado é 2,4% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Os cortes, de acordo com a ABPA, foram os principais produtos exportados no acumulado dos 11 primeiros meses deste exercício: 2,028 milhões de toneladas, número 6,4% superior ao total no confronto com igual intervalo de 2013.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)