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Estado de Minas

Taxa de desemprego fica em 4,9% em setembro, mas não houve geração de postos

Segundo o IBGE, a taxa vem recuando porque menos pessoas estão procurando trabalho. O mercado não tem gerado novas vagas


postado em 23/10/2014 09:19 / atualizado em 23/10/2014 12:53

A taxa de desemprego, medida pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), atingiu 4,9% em setembro deste ano, ante 5% em agosto. A pesquisa foi divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na capital mineira, a taxa passou de 4,2% para 3,8%. Destaque para o setor da construção, que registrou queda de 10,7% e a indústria, recuo de 2,3%, menos 26 mil e 9 mil vagas, respectivamente.

A taxa de desemprego vem recuando porque menos pessoas estão procurando trabalho. O mercado não tem gerado novas vagas, informou Adriana Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Ao logo desse ano de 2014, nessas comparações anuais (mês contra mesmo mês do ano anterior), mostram que tem redução de procura (por emprego) e aumento da inatividade. Essa redução da procura, de fato, acaba interferindo na taxa (de desemprego). A taxa cai porque menos pessoas estão procurando trabalho", explicou Adriana.

A população desocupada recuou 10,9% em setembro ante setembro de 2013, o equivalente a menos 145 mil pessoas na fila do desemprego. No entanto, não houve geração de vagas no mesmo período. A população ocupada até encolheu 0,4%, devido à dispensa de 91 mil trabalhadores, embora a variação não seja considerada estatisticamente significativa pelo IBGE.

"O mercado também não vem criando vagas de forma significativa. A gente vem nesse ano de 2014 com uma população ocupada praticamente parada, praticamente estável. Ou seja, estatisticamente falando, a população ocupada não vem se movimentando", afirmou a técnica do IBGE.


Ao mesmo tempo, a taxa de desemprego tem atingido mínimas históricas ajudada pela saída de pessoas do mercado de trabalho. O total de inativos cresceu 3,7% em setembro, em relação a um ano antes, o equivalente a 690 mil pessoas que migraram para a inatividade.

"A redução da população desocupada tem sido acompanhada pelo aumento da inatividade", disse Adriana. "Ainda que estável, você tem um acréscimo de 133 mil pessoas na população inativa em setembro ante agosto. Na comparação anual (ante setembro de 2013), o resultado é bem evidente, porque atinge patamares de variações estatísticas", acrescentou.

O IBGE afirma que o desalento, grupo formado por pessoas que desistiram de procurar emprego por não terem encontrado, está até diminuindo. O número de inativos tem aumentado por causa da fatia da população que não procura emprego porque não quer mesmo trabalhar.

Segundo Adriana, essa população é formada por pessoas ou muito jovens, que estão em processo de escolarização e qualificação e adiam a procura por emprego, ou mais velhas, que já se aposentaram e saíram do mercado de trabalho.

Rendimento

O rendimento real habitual do trabalhador ficou em R$ 2.067,10 em setembro deste ano. O valor é estável (alta numérica de 0,1%) na comparação com o mês anterior e 1,5% maior do que o registrado em setembro do ano passado. Os dados, da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), foram divulgados hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com agosto, houve ganhos do poder de compra dos trabalhadores de dois dos sete setores pesquisados pelo IBGE: outros serviços (3%) e serviços prestados a empresas (0,6%). Na indústria e no setor de educação, saúde e administração pública houve estabilidade no rendimento real. Três grupamentos de atividade tiveram queda: construção (-2,7%), serviços domésticos (-0,6%) e comércio (-0,5%).

Na comparação com setembro do ano passado, houve queda nos rendimentos da indústria (-1%), estabilidade nos outros serviços e alta em cinco atividades: construção (5,6%), serviços domésticos (4,5%), comércio (2,7%), educação, saúde e administração pública (2,3%) e serviços prestados a empresas (1,5%). (Com agências)


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