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Estado de Minas

Grande BH tem pelo menos 4,2 mil vagas abertas para reforçar vendas de Natal

Oportunidades anunciadas em shoppings da Grande BH vão reforçar equipes de vendedores, estoquistas e operadores de caixa para atendimento neste fim de ano


postado em 23/10/2014 06:00 / atualizado em 23/10/2014 07:18

Webert de Miranda foi efetivado como gerente e, agora, do outro lado do balcão, seleciona currículos(foto: Leandro Couri/EM/D.A PRESS )
Webert de Miranda foi efetivado como gerente e, agora, do outro lado do balcão, seleciona currículos (foto: Leandro Couri/EM/D.A PRESS )

Se você procura o primeiro emprego ou está em busca de um dinheiro extra para reforçar o orçamento está na hora de distribuir o currículo e agarrar uma chance entre as vagas temporárias típicas do fim de ano. Há expectativa de contratações até dezembro de pelo menos 4,2 mil pessoas em oito dos maiores shoppings centers da Grande Belo Horizonte consultados pelo Estado de Minas, que vão reforçar as equipes para as vendas do Natal, principalmente as de vendedores, estoquistas e operadores de caixa. Os salários oferecidos partem do mínimo, de R$ 724, podendo superar R$ 3 mil, somadas as comissões dos cargos.

Na capital alguns centros de compras vão manter o mesmo nível de oferta do ano passado, mas em outros há previsão de aumento de até 20%, como é o caso dos shoppings Del Rey e Boulevard. No Uai Shopping, que ampliou o número de lojas, a contratação terá alta de 30% neste ano. Os números são bem mais otimistas que as previsões de entidades do varejo que consideram expansão de 1,5% no emprego temporário da capital, na média geral do setor de comércio e serviços. No BH Shopping, onde está concentrada a maior oferta, o superintendente Durleno Rezende informa que as vagas foram mantidas nos mesmos patamares de 2013, sendo que 1 mil delas estão distribuídas pelas lojas e outras 200 vão preencher cargos administrativos terceirizados.

Um dos atrativos do trabalho de curto prazo é que ele pode ser o caminho para a carteira assinada, por tempo bem maior que apenas um mês. “Na média histórica o emprego temporário, há cerca de 35% de efetivação. O mercado não está dispensando bons profissionais”, observa Glaucus Botinha, diretor da Selpe, empresa especializada no recrutamento de temporários. Ele explica que o contrato de trabalho pode ter de um dia a três meses de duração e deve atender ao registro formal. Segundo Botinha , a remuneração também tem de ser a mesma daquela do trabalhador efetivo. “Sem diferenças” e quem tem experiência ou alguma qualificação larga na frente, já que encontrar mão de obra capacitada continua sendo desafio para os empregadores.

Em outubro do ano passado Webert de Miranda, de 27 anos, distribuiu currículos nas lojas da rede Chilli Beans. Foi chamado para entrevista e conseguiu uma vaga temporária como vendedor no Shopping Cidade. Até então, Webert tinha experiência no ramo de lanternagem e pintura, mas ele se deu muito bem como vendedor. No Natal, teve o melhor desempenho entre os funcionários da loja, e, em janeiro, foi efetivado. Pouco tempo depois, era o melhor vendedor da rede em Minas. Pouco antes se ser promovido a gerente na loja instalada no Shopping Del Rey, Webert foi também o melhor vendedor no país. Agora, do lado oposto do balcão, se prepara para contratar dois temporários que vão reforçar a equipe neste Natal.

Experiência a favor

De modo geral, o trabalhador temporário tem o perfil de jovens, com ensino médio completo e, em muitos casos, busca o primeiro emprego. No entanto, como reforça o especialista da Selpe esse é um período em que as regras são flexibilizadas para facilitar a contratação. Segundo Lívia Paolucci, superintendente do DiamondMall, que vai contratar 450 funcionários, as oportunidades são amplas. “A experiência é um diferencial importante. Há espaço também para pessoas mais velhas que são atenciosas e sabem oferecer o produto. O temporário que demonstrar capacidade tem chances de ficar”, observa.

Webert de Miranda que o diga. Os planos do ex­temporário não têm nada de curta duração: ele quer é se aposentar na rede, e no futuro se tornar dono de uma franquia. "A longo prazo gostaria muito de ter minha própria loja. Poderia ser em Cabo Frio, à beira mar. Gosto muito dessa ideia", diz.

A gerente de marketing do Shopping Del Rey Giseli Leal diz que o emprego temporário é uma oportunidade para quem busca uma ocupação, mas também para os lojistas descobrirem novos talentos. De acordo com projeção da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) o número de vagas temporárias abertas pelo setor corresponde, em média, a 30% do efetivo dos shoppings e deve crescer perto de 3% no país, gerando cerca de 25 mil vagas em 2014.

Como de costume, o setor de vestuário deve liderar as vendas do comércio neste Natal, com a fatia de 31,3% do total. O gerente da loja Toulon, no Boulevard Shopping, Murilo Giangiacomo, calcula que na loja que administra a equipe será reforçada com 10 novos funcionários. No ano passado, 25%dos contratados foram efetivados. O gerente calcula que o movimento crescerá cerca de 70% em dezembro relação a novembro.

Previsões mornas em relação a 2013


Apesar do esfriamento das vendas, o varejo se prepara para fechar o ano em ritmo de crescimento, embora menos robusto que o percebido nos últimos 10 anos. A despeito do sufoco, na avaliação das entidades do setor, 2014 vai fechar no azul, com leve expansão na criação geral de vagas temporárias e alta discreta também no faturamento. Os negócios motivados pelo Natal devem movimentar R$ 32 bilhões no país segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

O crescimento das vendas do varejo em 2014 segundo previsão da Boa Vista SPPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), divulgada ontem, deve ficar próximo a 4%, sem acréscimos frente a 2013. A taxa acumulada em 12 meses até setembro, frente ao mesmo período de 2013, foi de 4,7%.

A abertura de vagas temporárias observada nos shopping centers deve ser replicada, com crescimento menor, nos demais segmentos. A Câmara dos Dirigentes Lojistas de BH (CDL-BH) estima que na capital, incluindo comércio e serviços, o balanço em setembro e neste mês será de cerca de 9 mil vagas para fazer frente à data mais esperada do ano pelo varejo. O crescimento na comparação com o ano passado é de 1,5%. Já no país a CNC estima alta de 0,8% no emprego temporário e de 3% nas vendas. “O crescimento terá ritmo bem mais lento”, aponta Fábio Bentes, economista da CNC. Desde 2004 o avanço nas vendas no Natal vinha sendo superior a 4%ao ano.


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