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Estado de Minas

Risco de inflação romper teto está maior, diz economista


postado em 21/10/2014 10:49 / atualizado em 21/10/2014 11:10

São Paulo, 21 - O avanço da inflação de alimentos no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de outubro é preocupante, pois o grupo deve seguir acelerando nos próximos meses, avaliou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o economista Marcel Caparoz, da RC Consultores.

"A inflação permanece pressionada, o que reforça os sinais de preocupação. A tendência é que nos próximos meses a taxa venha até mais forte, com risco de o IPCA ficar acima de 6,50%", disse, completando que, por enquanto aguarda inflação de 6,45% para o dado fechado deste ano.

O economista ressaltou que a variação de 0,48% apurada no IPCA-15 de outubro é a mesma registrada em igual mês do ano passado, quando o índice acumulado ficou em 5,75% em 12 meses. Já o acumulado em 12 meses até outubro de 2014, como informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 6,62%. "Está no limite de romper o teto", reforçou.


A despeito do comportamento ainda benigno de alguns itens alimentícios, Caparoz ponderou que esses produtos têm um peso menor no indicador, enquanto as carnes, que avançaram 2,38%, acabam por influenciar mais a inflação. "Batata e ovo, por exemplo, estão caindo, mas quase tudo está subindo. De maneira geral, o forte retorno da inflação de alimentos para o campo das altas, após um tempo no negativo, preocupa", disse.

Além da cautela em relação à inflação de alimentos, o setor de Serviços segue resistente e gerando pressão inflacionária, disse o economista. Segundo ele, o grupo Serviços continua rodando na faixa de 8% e não dá nenhuma indicação de que irá convergir para a meta, de 4,50%. "Com a economia mais fraca e o emprego crescendo menos, a expectativa é que leve a uma demanda menor por serviços. Os sinais são de menor pressão de Serviços", avaliou.

Já os preços livres, disse Caparoz, podem desacelerar, na contramão dos administrados, que estão voltando com força. "Os monitorados chegaram a acumular 0,9% em 12 meses no ano passado, influenciados pela redução da energia elétrica, do reajuste.


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