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Estado de Minas

Comércio planeja menos contratações temporárias este ano

Pesquisa mostra expectativa de diminuição das vagas extras, redução do salário e menor efetivação, se comparado a 2013


postado em 21/10/2014 06:00 / atualizado em 21/10/2014 07:40

Um levantamento feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que, este ano, haverá menos contratação temporária no comércio, com salário mais baixo e menor expectativa de efetivação se comparado ao ano passado. O estudo revelou que 53% dos empresários do comércio e serviços já contrataram ou pretendem contratar trabalhadores neste fim de ano. Porém, estima-se que até o fim de 2014 aproximadamente 209 mil temporários sejam absorvidos para preencher as vagas de emprego disponíveis, número menor que em 2013, quando o SPC Brasil estimou que mais de 233 mil vagas seriam criadas para o mesmo período. A análise foi feita nas 26 capitais e no Distrito Federal.

Este ano, aumentou a quantidade de empresas que ainda estão esperando um sinal positivo do mercado para contratar: elas eram 20% em 2013 e passaram para 28% este ano. Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a elevação do percentual de contratações tardias sinaliza que o empresariado está cauteloso, esperando até o último momento para investir em mão de obra temporária, a fim de evitar prejuízos e gastos desnecessários com a folha de pagamento.

O estudo mostra que quem procura uma colocação temporária em 2014 deve ficar atento, pois a maioria das contratações deve ocorrer entre os meses de outubro (37%) e novembro (38%). Apenas 13% já contrataram nos meses de agosto e setembro e 7% devem realizá-las em dezembro, perto do Natal. “Temos observado sucessivas pioras no desempenho do comércio e da indústria, com reflexos significativos no emprego e na confiança de consumidores e empresários”, afirma a economista.

SALÁRIOS
Outra mudança está nas expectativas de efetivações e os baixos salários. Pela pesquisa, sete em cada dez (70%) dos 623 empresários ouvidos não pretendem aumentar o número de contratações temporárias na comparação com o ano passado. Na média, cada empresa deve contratar até o fim do ano entre três e quatro trabalhadores para reforçar seu quadro. A intenção de efetivação dos temporários também apresentou queda.

Em 2013, 52% das empresas pretendiam fazer pelo menos uma efetivação após o término do contrato dos temporários; este ano, o percentual passa a ser de 32%. Pouco mais da metade (51%) das empresas planeja pagar um salário mínimo (R$ 724) ou pouco mais aos contratados. No ano passado, o valor estava entre dois e três salários mínimos.


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