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Estado de Minas

Queiroz Galvão lidera disputa por Tamoios


postado em 04/10/2014 08:19 / atualizado em 04/10/2014 14:47

O Consórcio Litoral Norte, do grupo Queiroz Galvão, fez uma oferta agressiva para levar a concessão da Rodovia dos Tamoios, em São Paulo. Com a proposta de uma contraprestação anual de R$ 0,01 (um centavo), o consórcio praticamente abriu mão do valor que seria pago pelo governo paulista. Conforme as regras do edital, venceria a licitação quem apresentasse a menor contraprestação, que não poderia superar os R$ 156,864 milhões.

A segunda menor proposta foi do Consórcio Via Nova Tamoios, liderado pela EcoRodovias, que ofereceu R$ 34,039 milhões, seguida pelos R$ 58,040 milhões ofertados pelo Consórcio Desenvolvimento Nova Tamoios, encabeçado pela J&F. O Consórcio Novos Caminhos, liderado pela Galvão Engenharia, apresentou o maior valor para a contraprestação, de R$ 152,159 milhões.

Conforme explicou a comissão especial da licitação, embora tenha sido feita a classificação das ofertas, não haverá a homologação do vencedor, seguindo uma decisão judicial. A comissão ainda deve analisar o plano de negócios da melhor proposta, que precisa atender às exigências do edital.

Em nota, Grupo Queiroz Galvão afirmou que “o empreendimento está alinhado com o plano de negócios da Queiroz Galvão Infraestrutura (veículo de investimentos do grupo)” e que reforçará seu portfólio, que conta com ativos nas áreas de logística, energia e saneamento.

A proposta da Queiroz Galvão representa um desconto de 39,63% no valor total do projeto, segundo cálculos da Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp). O desconto considera o valor dos investimentos previstos ao longo da concessão, a expectativa de receitas com pedágio e ainda a contraprestação anual prevista para ser paga pelo governo paulista, da qual o consórcio praticamente abriu mão.

Investimentos


De acordo com a diretora geral da Artesp, Karla Bertocco Trindade, a estimativa de investimentos é que R$ 2,9 bilhões devem ser investidos na duplicação do trecho de serra da rodovia, que liga o Vale do Paraíba ao litoral norte do Estado, incluindo o Porto de São Sebastião. Mais R$ 1 bilhão está previsto ao longo dos 30 anos do contrato. Deste total, o governo paulista vai aportar R$ 2,185 bilhões, ao longo dos primeiros cinco anos de concessão, durante a execução das obras de duplicação.

Além disso, o governo de São Paulo se propunha a pagar mais R$ 156,864 milhões anuais entre o sexto e o trigésimo ano de contrato, como contraprestação, o que totalizaria R$ 3,92 bilhões. Mas a proposta feita pelo consórcio da Queiroz Galvão foi de apenas R$ 0,01 por ano.

Com isso, na prática a empresa se propõe a operar a concessão apenas com a receita de pedágio e outras receitas acessórias, que segundo os cálculos da Artesp devem somar R$ 3,373 bilhões. Conforme Karla, a comissão da licitação deve levar duas semanas para analisar o plano de negócios da melhor proposta, para confirmar que, do ponto de vista técnico-financeiro, se a concessão “fica em pé”. Tendo em vista os prazos de questionamentos, ela considera que o contrato pode ser assinado em novembro, o que permitiria ao grupo começar as obras iniciais ainda este ano. Já as obras de duplicação do trecho de serra, poderiam ser iniciadas no início de 2015.


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