A greve dos bancários entra nesta sexta-feira no quarto dia, com mais adesão em todo o país. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comado Nacional dos Bancários voltam hoje à mesa de negociações. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal também chamaram nova negociação das reivindicações específicas. As reuniões ocorrerão em São Paulo.
Ontem, 9.379 agências não funcionaram, um aumento de 22,2% em relação ao dia anterior. De acordo com a Contraf-CUT, a confederação nacional que representa a categoria, o número representa 40,8% do total das unidades bancárias no Brasil. Em Belo Horizonte, 209 unidades de trabalho de bancos públicos e privados fecharam as portas. Para esta sexta-feira, está programado um ato às 11h, em frente ao prédio do Banco do Brasil na rua Rio de Janeiro, no centro da capital.
O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, diz que a paralisação mostra a união da categoria. “Os bancários só sairão dessa greve com maiores avanços no salário, na valorização do piso e na melhoria das condições de trabalho”, afirmou. Para encerrar a paralisação, a categoria demanda um reajuste de 12,5%, o que inclui 5,8% acima da inflação medida pelo INPC (6,35% no acumulado em 12 meses), piso salarial de R$ 2.979,25, 14º salário e outros benefícios.