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Estado de Minas

Abicalçados diz que crise argentina supera efeito do Reintegra


postado em 29/09/2014 19:01 / atualizado em 29/09/2014 19:44

O setor calçadista considera que o crédito tributário do Reintegra tem papel importante no crescimento das exportações, mas em 2014 a crise da Argentina deve ditar um tom pouco otimista. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, disse que a antecipação para outubro deste ano da aplicação da tarifa de 3% de crédito tributário pode beneficiar as vendas externas de final de ano. Ainda assim, a crise no país vizinho tende a anular potenciais ganhos de mercado da indústria brasileira em outros locais.

"A Argentina tem um peso muito forte e pode neutralizar quaisquer ganhos que venhamos a ter em outros mercados, portanto, se conseguirmos repetir a performance de exportação de 2013 isso já vai ser considerado um bom resultado", declarou. A Argentina é o segundo maior destino de exportações de calçados brasileiros, depois dos Estados Unidos.


O ministro da Fazenda Guido Mantega anunciou antecipação de mudança na alíquota para outubro deste ano. Antes, a taxa era de 0,3% e ela subiria para 3% no início de 2015. Para Klein, a medida pode ter impacto sobre vendas que estão sendo negociadas agora e cujas entregas devem acontecer em dezembro e no início de 2015.

A Abicalçados acredita que o Reintegra e a desoneração da mão de obra ajudaram a elevar as exportações em volume no ano passado. Klein afirma que os ganhos tributários foram repassados em forma de redução de preços, o que fez com que naquele ano o faturamento com exportações tivesse ficado estável. "Já em 2014, quando não contamos com o mesmo benefício, não pudemos repassar os ganhos a preços e facilitar a concorrência", declarou.

Se por um lado o cenário econômico da Argentina afeta o setor negativamente, o atual patamar de câmbio é visto como favorável às exportações. A Abicalçados acredita que haja espaço para que os produtos brasileiros ganhem mais relevância em mercados como o da China e da Rússia.


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