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Estado de Minas

Lojas de auto shopping de BH são suspeitas de adulterar quilometragem de carros

A suspeita é de que as revendedoras reduziram a quilometragem de alguns carros para aumentar o valor da venda


postado em 23/09/2014 16:41 / atualizado em 23/09/2014 20:14

A 5ª Delegacia de Fraudes do Departamento de Investigações de Crimes Contra o Patrimônio, em conjunto com a Receita Estadual, investiga a adulteração de quilometragem de carros em duas lojas dentro de um auto shopping da Avenida Dom Pedro II, no Bairro Carlos Prates, na Região Noroeste de Belo Horizonte. A suspeita é de que as revendedoras reduziram a quilometragem de alguns carros para aumentar o valor da venda. Os comércios também são investigados por sonegação fiscal.

A operação começou por volta de 9h desta terça-feira. De acordo com o delegado Eduardo Vieira, responsável pela investigação, um inquérito foi aberto para apurar as denúncias de um cliente que desconfiou da quilometragem do carro. Ele comprou em uma das lojas, mas acredita que o número mostrado no painel seja uma fraude, já que o automóvel parece mais velho.


Os investigadores estão recolhendo, por meio de mandados de busca e apreensão, computadores e documentos das revendedoras para ajudar nas apurações. Conforme o delegado, ninguém foi preso, mas ao final do inquérito, caso seja comprovada a adulteração, os responsáveis podem ser indiciados por estelionato.

No caso da sonegação fiscal, a Receita Estadual vai montar uma auditoria e pode haver a responsabilização por crime contra ordem econômica e tributária. A suspeita é de que os comerciantes tenham sonegado o ICMS. De acordo com Vieira, os policiais estão apurando a emissão de notas frias relacionadas à circulação e declaração dos veículos vendidos.

Os escritórios das lojas e o galpão de uma delas são os alvos da operação. Os representantes legais dos estabelecimentos serão intimados a comparecerem à delegacia para prestar esclarecimentos sobre os fatos apurados.

O delegado explica que a adulteração de quilometragem é um procedimento para fraudadores especializados. “O que temos conhecimento até hoje é de chegam com um notebook perto do carro e fazem a adulteração eletrônica acessando a central do veículo”, relata Vieira. Os procedimentos técnicos usados no crime também serão apurados durante o inquérito.

O delegado deixa um alerta os consumidores na compra de carros usados. “A pessoa precisa olhar os pneus do veículo, o step, a conservação do estofado e o volante para fazer uma relação da quilometragem com a condição do carro. Importante também olhar o manual de revisões para entender o caminho deste veículo”, afirma o delegado.

Procurado pelo em.com.br, o auto shopping ainda não se manifestou sobre o caso.


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