A aprovação de projetos imobiliários caiu na capital mineira em agosto deste ano, diante do mesmo período de 2013. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) aprovou 127 projetos imobiliários, uma queda de 27,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foram registradas 175 aprovações. A análise foi feita pela Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG) a partir de informações fornecidas pela PBH.
De acordo com o levantamento, que contabiliza o número de projetos arquitetônicos aprovados na cidade segmentados por regiões e tipos imobiliários, apesar de o primeiro semestre deste ano ter apresentado uma queda contínua no número de projetos aprovados, o início da segunda metade do ano indica uma possível retomada do mercado imobiliário. Foram 98 aprovações em julho, enquanto agosto apresentou 127, um crescimento de 29,5%.
Casas lideram mês de agosto
No mês de agosto, do total de 127 projetos aprovados, a pesquisa mostra que 19 são de casas unifamiliares e 108 projetos são multifamiliares (edifícios), sendo 30 imóveis comerciais, sete mistos e 71 apartamentos. Foram lançados 1.087 apartamentos no mercado de Belo Horizonte em agosto, com uma média de 15 unidades por prédio.
Em relação à concentração de projetos aprovados por região de Belo Horizonte, o destaque do mês de agosto foi a Pampulha com 26 aprovações. A região de Venda Nova aparece na segunda colocação, com 18 aprovações, seguida da Centro-Sul (17), Oeste (15), Nordeste (13), Noroeste (12), Norte (11), Barreiro (8) e Leste (7).
Aquecimento do mercado em 2015
De acordo com o presidente da CMI/Secovi-MG, Otimar Bicalho, o número de projetos aprovados neste ano, que atinge média mensal de mil apartamentos, é equivalente à média de imóveis comercializados nos anos 2010, 2011 e 2012, segundo a pesquisa Geoimóvel, divulgada pela CMI/Secovi-MG.
Em 2013, foram 6,4 mil lançamentos, com 4,4 mil apartamentos vendidos. “O aumento do número de projetos aprovados neste ano sugere que as construtoras e incorporadoras estão apostando no aquecimento do mercado em 2015”, avalia o presidente da entidade.
Ele acredita que o aumento também é consequência da possibilidade da aprovação de uma nova Lei de Uso e Ocupação do Solo, que reduzirá o coeficiente de aproveitamento dos terrenos em BH.