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Estado de Minas

Levantamento mostra que andar de táxi pode ser vantajoso

Site Mercado Mineiro indica que o táxi é mais vantajoso quando o valor total do carro não entra no cálculo. Caso contrário, é melhor manter um veículo popular


postado em 21/09/2014 06:00 / atualizado em 21/09/2014 13:00

Cliente do serviço de táxi de BH, Cláudio Aguiar fez as contas e vendeu o carro(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Cliente do serviço de táxi de BH, Cláudio Aguiar fez as contas e vendeu o carro (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Apesar de toda a economia de usar bike, andar a pé ou optar pelo transporte público, Belo Horizonte ainda recebe muitas críticas referentes à estrutura da cidade para isso. Além da geografia montanhosa, os tímidos 70 quilômetros de ciclovias e a situação de muitos coletivos de BH são entraves para a decisão dos cidadãos em abandonar o carro. É aí que o táxi se torna opção para quem não quer abrir mão do conforto. Pesquisa do site Mercado Mineiro mostra que os gastos de quem opta pelo serviço na capital têm duas análises. Se for considerado o valor do bem somado aos custos, o táxi é mais vantajoso. Porém, ao considerar o automotivo como patrimônio, colocando na calculadora somente os gastos anuais com ele, o serviço do taxista é mais caro do que manter um carro popular.

Feito em maio deste ano, o levantamento abordou três cenários: carro popular, médio e de luxo. Pelas contas do site, andar de táxi 30 quilômetros por dia, durante um ano, custa quase R$ 22 mil. Em uma conta simples, subtraindo esse valor da soma dos custos com carro particular e o quanto ele vale no mercado, a economia pode chegar ao valor do próprio veículo. Como é o caso de um motorista que tem um Honda Civic, por exemplo. Com o gasto de R$ 20.880,04 por ano somado ao valor de um modelo novo de R$ 59.104,00, a economia seria de R$ 58.019,24 se ele optasse pelo táxi.


“Porém, fizemos duas análises porque o consumidor pode pensar: mas com o veículo em mãos tenho um patrimônio”, comenta o diretor do site, Feliciano Abreu. Em um segundo cenário, foi dispensado o valor do automotivo no mercado e somente calculados os custos anuais diante dos custos com táxi, além dos juros de 0,07% sobre o capital. “Nesse caso, vale a pena andar de táxi, comparando com carros mais caros”, comenta.

“Em muitos casos, usar o serviço vale muito mais a pena. Tem as desvantagens, como ficar refém da sorte para encontrar um motorista disponível”, avalia Feliciano. Há cinco anos, o diretor da Fox Soluções em Idiomas, Cláudio Aguiar, vendeu seu carro, um Prisma, que hoje custa em torno de R$ 40 mil. Além de andar de transporte público e a pé, ele é cliente de táxi em Belo Horizonte. “Fiz as contas e vi que compensava. Ando de táxi lotação e, à noite, depois de dar aula na faculdade, volto de táxi. Com o dinheiro que economizei, investi na minha empresa”, conta.

TEMPO
O professor de finanças Ewerson Moraes destaca que, antes de abandonar o carro, é preciso considerar o tempo de deslocamento. Ele aconselha calcular o quanto vale a sua hora de trabalho. “Assim, se você gastar uma hora a mais no trânsito dentro de um ônibus, você está perdendo dinheiro. Um presidente de um banco, por exemplo, vai andar de helicóptero porque, para ele, a hora vale muito”, compara. Outra dica é ver a relação custo/benefício. “Muitas vezes, você pode gastar R$ 3 mil por mês com o automotivo, mas, por outro lado, pode acordar mais tarde para ir ao trabalho”, exemplifica o professor.

Outra questão, segundo Ewerson, é o esforço. “No caso de uma bicicleta, a pessoa tem que avaliar se o seu trabalho lhe permite chegar um pouco suado. E é bom lembrar que o carro é um patrimônio, você pode vendê-lo para pagar uma dívida”, avisa.


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