(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Investimento no Tesouro Direto é opção para restituição do Imposto de Renda

Site oficial apresenta a opção de investir em títulos públicos no momento em que é liberada a restituição


postado em 14/09/2014 06:00 / atualizado em 14/09/2014 08:14

Marinella Castro

Amanhã, R$ 2,2 bilhões correspondentes ao quarto lote do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) serão restituídos aos contribuintes brasileiros. Em Minas Gerais, o montante, incluindo também lotes residuais, soma R$ 208,5 milhões. Ao entrar no site da Receita Federal e verificar que seu CPF está inscrito no quarto lote, o contribuinte também visualiza o link para aplicar a restituição no Tesouro Direto. Nesse caso, economistas lembram que o melhor sempre é direcionar o dinheiro que vai ser recebido para o pagamento de dívidas. Mas caso o consumidor esteja liberado das contas com juros altos, segundo especialistas, investir a restituição do IR no Tesouro pode ser uma opção interessante a curto prazo.

O Tesouro Direto é um programa de venda de títulos públicos desenvolvido pelo Tesouro Nacional, em parceria com a BM&FBovespa. A aplicação permite investimentos a partir de R$ 30, a curto, médio ou longo prazo, ao gosto do freguês. “Recomendaria nesse momento, um investimento com prazo menor, como 12 meses, mais provável de o consumidor carregar o título até o vencimento”, avalia Paulo Vieira, especialista e professor de finanças. Segundo ele, o momento é de incerteza não só para a economia brasileira, mas também na Zona do Euro e também nos Estados Unidos.

“O Tesouro Direto neste momento é a melhor alternativa para o curto prazo. Os títulos ligados à taxa Selic são mais indicados porque o investidor pode migrar quando o ciclo de alta da taxa se encerrar. A modalidade indexada ao IPCA também é interessante”, considera Leopoldo Grajeda, professor de cálculo e finanças na PUC/Minas. Segundo ele, o cenário econômico após as eleições é incerto e há risco de alta da inflação e da taxa de juros.

Ao contrário das aplicações convencionais dos fundos de investimento, no Tesouro Direto o próprio investidor é o gerente de sua conta, escolhe prazos e indexadores. “Uma das vantagens é que o investimento é mais barato em termos de taxas de administração e custódia. Nos fundos, aplicações de pequenos valores podem render menos que a poupança, devido ao custo dessas taxas”, explica Vieira, ressaltando que essa é uma modalidade onde o investidor tem que gastar tempo para aprender a lidar com as possibilidades ofertadas e montar sua própria carteira. “É como se essa aplicação fosse um supermercado de títulos, onde o investidor escolhe o produto e a modalidade na qual quer investir, mas para isso precisa conhecer a dinâmica”, reforça.

No Tesouro Direto os títulos podem ser pré ou pós-fixados, sendo que a última opção segue a curva da taxa Selic (taxa básica de juros da economia, atualmente em 11% ao ano). Para Leopoldo Grajeda, no atual momento da economia, com inflação acumulada em 12 meses ultrapassando o teto da meta do governo de 6,5% e possibilidade de alta de juros, as Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) estão entre as melhores opções. A aplicação é indicada para quem deseja uma rentabilidade pós-fixada e indexada à Selic.

O Tesouro também oferece as Letras do Tesouro Nacional (LTNs), opção pré-fixada, onde o investidor sabe exatamente o retorno do título se carregá-lo até a data de vencimento. “Uma opção muito arriscada para o momento”, avalia Grajeda. No site oficial do Tesouro, o investidor consegue visualizar as características das cinco aplicações principais e testar o seu perfil, para identificar que tipo de investidor é. E é bom lembrar que podem existir perdas se o dinheiro for retirado antes dos prazos de vencimento.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)