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Estado de Minas

Luz ficará mais cara em quatro estados

Aneel autoriza reajustes de 21% a 37% para mais 5,5 milhões de clientes. Sete indústrias têm abastecimento ameaçado


postado em 27/08/2014 06:00 / atualizado em 27/08/2014 07:20

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem reajustes nas tarifas de eletricidade para mais 5,5 milhões de clientes, residentes em Alagoas, Paraíba, Piauí e Maranhão. Os novos valores passam a vigorar amanhã e todas as altas autorizadas estão acima de 20%. Em alguns casos, os percentuais passam de 30%. Ao todo, quase 60 milhões de consumidores já sofreram aumentos nas contas de luz este ano, a maioria de 20% a 30%.

A Ceal, de Alagoras, vai promover reajuste médio de 32,36%. A estatal atende 1 milhão de unidades consumidoras em 102 municípios do estado. As contas dos clientes residenciais subirão 30,02% e os industriais de alta tensão, 37,08%. Para 1,1 milhão de unidades em 224 municípios atendidos pela Cepisa, do Piauí, o reajuste médio será de 25,81%, sendo 24,93% para residências. A Aneel também aprovou alta de 29,14% para a carga de alta tensão.

Os 2,1 milhões de clientes da Cemar, do Maranhão, em 217 municípios, terão por sua vez tarifas 24,12% mais caras em média. Para as residências, a alta é de 24,11% e para consumidores industriais, 24,16%. Por fim, a Energisa Paraíba vai reajustar as tarifas em 21,81% na média. A empresa atente 1,3 milhão de unidades em 216 municípios. Para alta tensão, o reajuste é de 22,75% e, para baixa tensão, 21,43%.

A diretoria da Aneel informou que a evolução dos gastos das concessionárias com a compra de energia, com transmissão e com pagamento de encargos setoriais foram os principais fatores dos reajustes. Ao calcular o índice, a agência considera a variação de custos que a distribuidora teve no ano. O cálculo inclui custos típicos da atividade de distribuição, sobre os quais incide o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), e os que não acompanham necessariamente a inflação.

O órgão regulador ainda homologou ontem o resultado do leilão realizado em março para outorga da concessão da hidrelétrica de Três Irmãos (SP). Com o valor de R$ 31,62 milhões, o vencedor foi o consórcio Novo Oriente, formado pelo Fip Constantinopla, com 50,1% de participação, e Furnas, com 49,9%. O certame ocorreu na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa). A usina estava sob responsabilidade da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) e foi a primeira a ser licitada entre as que não tiveram a concessão renovada, conforme regras estabelecidas em setembro de 2012, com a Medida Provisória (MP) 579.

Indústrias

No Nordeste, onde metade da eletricidade é gerada por termelétricas, um grupo de sete grandes consumidores industriais de energia, com 11 unidades na região, está com o seu abastecimento ameaçado. Braskem, Vale, Mineração Caraíbas, Gerdau e Paranapanema entraram num limbo regulatório que pode comprometer a produção a partir de meados do próximo ano, ameaçando 9 mil empregos diretos e 150 mil indiretos e uma renda anual de R$ 16 bilhões gerada em pequenos municípios da Bahia, de Alagoas e de Pernambuco.

O presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres (Abrace), Paulo Pedrosa, explicou que essas empresas têm contratos com a estatal federal Chesf desde os anos 1970, que somam 800 megawatts (MW), a vencer em junho de 2015. “Por conta da Medida Provisória (MP) 579, a Chesf deixará de abastecer grandes consumidores diretamente. A energia será destinada a consumidores das distribuidoras e as indústrias terão de buscar fornecedores”, alertou.


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