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Estado de Minas AVIAÇÃO

Voo direto para Punta Cana deve deixar o Caribe mais barato

Preços das passagens a partir de São Paulo para janeiro já estão de 15% a 30% menores que as com escala no Panamá. Operadores apostam em reação rápida e agressivada concorrência


postado em 27/08/2014 06:00 / atualizado em 27/08/2014 07:18

Operadores de turismo estimam que, com os voos diretos, Punta Cana supere Cancun com destino caribenho (foto: Luciane Evans/EM/D.A Press )
Operadores de turismo estimam que, com os voos diretos, Punta Cana supere Cancun com destino caribenho (foto: Luciane Evans/EM/D.A Press )
A criação de voos diretos do Brasil para Punta Cana, na República Dominicana, pode reduzir o preço das passagens aéreas para o paraíso caribenho, segundo agências de viagem. O aumento da oferta e a concorrência entre as companhias pode induzir a uma baixa considerável no valor dos pacotes. Os preços das passagens vendidas pela Gol a partir de São Paulo, no voo que inicia operação em 30 de outubro, já indicam a provável variação: os tíquetes estão entre 15% e 30% mais baratos que os ofertados pela Copa Airlines, ambos cotados para janeiro. A rota a partir de Confins está em análise na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A expectativa da empresa é que a rota seja liberada no mês que vem, com os primeiros voos previstos para 24 de novembro.

A GOL pediu autorização para voar de Guarulhos, Brasília e Confins para Punta Cana. As passagens para os voos originados em São Paulo estão à venda a partir de R$ 911, cada trecho. O diretor da Snow Operadora, André Vieira, afirma que já substituiu uma passagem para o revéillon, com valores quase 30% menores, para um voo direto de Guarulhos. O tíquete era vendido por US$ 1,5 mil, com escala na Cidade do Panamá, e saiu por US$ 1,1 mil. “O que é interessante também é a economia de tempo de viagem”, afirma Vieira, que estima uma redução de cinco horas na duração do trajeto.

O gerente comercial da Viagens Master, André Biagioni, afirma que ainda não identificou tais preços, mas, para janeiro, os valores estão até 20% mais baratos que os ofertados pela Copa Airlines, companhia que opera o destino com conexão no Panamá. Ele acredita que a concorrência forçará a empresa estrangeira a se adequar ao padrão da GOL. “A Copa estava muito tranquila nesse mercado. Pode esperar que nos próximos dias ou semanas, ela vai chamar a luz para ela. É uma companhia muito agressiva em preço quando provocada”, afirma Biagioni.

Atualmente, na alta temporada, o pacote com all-inclusive (em que todas as refeições, petiscos e bebidas estão incluídos) para um resort em Punta Cana custa aproximadamente US$ 2 mil por pessoa. Nessas condições o custo do aéreo sai por, aproximadamente, US$ 1,3 mil. A queda de 20% sugerida pelo Viagens Master pode significar economia de R$ 600 em um pacote que custava R$ 4,6 mil. Biagioni afirma que a nova rota coloca o paraíso da República Dominicana à frente na disputa com Cancun, atual líder no mercado caribenho.

Os operadores de turismo acrescentam que, dependendo da oscilação de preços das passagens aéreas, os turistas procuravam pacotes para os resorts da Bahia, em que a oferta é alta. Normalmente, as praias nordestinas tendem a ser mais caras. Com o novo voo, “o Nordeste perde mercado”, segundo o diretor da Snow Operadora.

Conexões

Segundo informações do Aeroporto Internacional de Punta Cana, de lá é possível seguir para 96 cidades de 28 países, entre as quais Moscou, Munique, Zurique, Madri, Barcelona, Paris, Amsterdã, Frankfurt, Kiev, Hamburgo, Manchester e Montego Bay, além de dezenas de cidades nos Estados Unidos e no Canadá. Apesar da extensa lista, segundo Biagioni, seria mais fácil para o passageiro que parte de Belo Horizonte adquirir um trecho da TAP para Lisboa para seguir direto para uma das cidades europeias ou da American Airlines e da TAM se o destino final estiver localizado na América do Norte.

Outra opção é fazer conexão na Cidade do Panamá. “Punta Cana seria mais um destino final”, diz Biagioni, que não acredita que o local venha a se tornar um hub aéreo, como ocorre com o Panamá. A vice-presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens de Minas Gerais, Regina Casale, no entanto, considera que a República Dominicana pode, sim, se tornar um ponto de distribuição para destinos como Miami e Orlando.

Pantanal

O Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, também terá ligação direta com Campo Grande (MS), em voo operado pela Azul, permitindo acesso facilitado ao Pantanal. A operação terá início em 7 de novembro. O pedido também está em análise na Anac. A frequência será diária. O avião deve sair de Confins às 13h40, de segunda a sexta-feira, pousando às 14h30 em Campo Grande. De lá para cá, a aeronave decolará às 15h, de domingo a sexta, para pousar às 17h50. “Incluiremos Campo Grande nos destinos servidos a partir de Confins e ampliaremos as frequências para Cuiabá, em virtude da demanda que temos recebido de clientes que desejam viajar nessas rotas”, afirma o diretor de Planejamento e Alianças da Azul, Marcelo Bento.

A partir de Campo Grande, é possível o passageiro voar para Corumbá, enquanto, de Cuiabá, tem ligação para Ji-Paraná, Porto Velho e Sinop. Com o novo voo, a Azul passa a ter 30 rotas diretas a partir de Confins, em mais de 70 voos diários. O aeroporto é o segundo hub da companhia aérea, atrás apenas de Viracopos, em Campinas (SP).

Concessionária informou ontem que câmeras do estacionamento entrarão em operação até sexta-feira(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Concessionária informou ontem que câmeras do estacionamento entrarão em operação até sexta-feira (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Câmeras já atrasadas em Confins

Duas semanas depois de assumir o controle operacional do aeroporto de Confins, a BH-Airport repete o maior problema da administração da Infraero nos últimos anos: o atraso na entrega de projetos. Em proporção muito menor que os atrasos de meses, e até anos, da estatal, a concessionária demorará alguns dias para concluir a instalação de câmeras de segurança no estacionamento.

Outro projeto que tinha o prazo em risco até o fim da tarde de ontem parece ter sido solucionado rapidamente pela concessionária. Em consultas na segunda-feira e ontem, até as 16h33, a assessoria de imprensa da empresa havia informado que a internet sem fio de alta velocidade, que deveria ser entregue nessa terça-feira, só iria funcionar a partir da semana que vem. A explicação é que o sistema estava implantado, mas o setor técnico precisava proceder testes para garantir a operacionalização do sistema. A comunicação informou, inclusive, que iria preparar material de divulgação anunciando o início do funcionamento do sistema. Às 17h18 de ontem, no entanto, a empresa mudou seu posicionamento e informou que o wi-fi do aeroporto funcionava desde segunda-feira e que teria sido usada por 100 pessoas ontem. No entanto, ainda segundo a assessoria, o recurso só seria divulgado aos passageiros na próxima semana.

Sobre as regras de uso, a única informação é que o usuário deveria fazer um cadastro com nome, sobrenome e documento (RG ou CPF). A empresa não sabia informar ontem sobre o tempo que cada usuário teria para uso, mas admitiu que, provavelmente, vai adotar um limite.

Em nota, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou, na noite de segunda-feira, que a disponibilização de internet wi-fi gratuita de alta velocidade em todo o terminal de passageiros estava ainda em andamento, sem conclusão do projeto.

Tanto as câmeras quanto a internet tinham ontem como prazo máximo para conclusão, de acordo com o Plano de Ações Imediatas definido em contrato. Na assinatura da transferência operacional, dia 12, o diretor da BH-Airport, Paulo Rangel, chegou a dizer à imprensa que “a partir do dia 26 de agosto, teremos wi-fi mais forte”. As câmeras, segundo a empresa, entrarão em operação até sexta-feira.

Urgências

No contrato de Confins, a empresa tem um cronograma de ações a serem executadas ao longo do contrato. No plano de curto prazo, a empresa tem prazos para entregar 17 ações. Entre as medidas, o wi-fi em todas as áreas do aeroporoto; aumentar o número de tomadas elétricas na área de embarque; aumentar o número de pontos de venda de alimentos e bebidas dentro das áreas de partida e implementar balcões de informação com pessoal bilíngue no terminal. Cada ação tem um prazo específico para conclusão.

Segundo a Anac, desde abril, quando a BH-Airport iniciou sua participação no aeroporto, ainda ao lado da Infraero, 10 ações já foram concluídas. A lista inclui a ampliação do número de pontos de energia nas salas de embarque; a revisão do sistema predial de combate a incêndio e a troca do carpete da rampa que liga o saguão principal ao segundo andar do terminal. Outros 12 itens ainda estão em andamento. A agência reguladora não se manifestou sobre uma possível penalidade.

A primeira obra de maior porte prevista para ser entregue pela BH-Airport é a construção do segundo terminal de passageiros. A previsão é que ele seja concluído até 30 de abril de 2016. Segundo a empresa, a previsão é que as obras comecem ainda neste ano. (PRF)


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