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Estado de Minas

Economista-chefe do Itaú vê alta de 1,3% do PIB em 2015


postado em 19/08/2014 17:07 / atualizado em 19/08/2014 17:29

O economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, afirmou que seu cenário básico para a economia em 2015, que estima uma alta de 1,3% do PIB, com inflação de 6,4%, considera ajustes, especialmente com melhora no resultado das contas públicas. "No próximo ano, o nível de atividade estará se recuperando, mas continuará fraco", ponderou.

Ilan Goldfajn estima que o superávit primário no próximo ano deverá atingir 1,5% do PIB, pouco acima de 1,3% do produto interno bruto previsto para este ano. "Um primário de 2% do PIB leva a dívida pública para uma trajetória estável", destacou.

"Nosso cenário principal considera área fiscal melhor, recuperação da economia e juros estáveis em 11% até o final de 2015", destacou. "De certa forma, cenário para o próximo ano é de volta à normalidade. A queda dos investimentos, como deve ocorrer em 2014, vai passar", apontou. O Itaú Unibanco prevê uma retração de 5,5% da Formação Bruta de Capital Fixo em 2014, mas deve ocorrer leve elevação de 0,3% no próximo ano.

"Com ajustes no País, deve haver aumento da oferta no Brasil nos anos seguintes a 2015", destacou Ilan Goldfajn. "Há a volta dos investimentos no próximo ano e o setor de infraestrutura vai ajudar", disse. Contudo, ele prevê um movimento gradual de evolução da FBCF, que deverá atingir a taxa de 19,5% do PIB em três ou quatro anos. "Com nossas projeções para a economia, a inflação deverá voltar à meta em 2017 ou 2018", destacou.

Goldfajn, estima que o superávit primário neste ano deverá atingir 1,3% do PIB, o que será motivado em boa parte devido a um desempenho abaixo do esperado das receitas. "Desta forma, ficará mais difícil atingir a meta de 1,9% do primário para este ano", destacou. Ele projeta que as receitas extraordinárias responderão por 0,6% do PIB neste ano, o que será quase a metade do resultado primário do setor público consolidado.

Câmbio


O economista-chefe do Itaú afirmou que o atual programa de intervenções do Banco Central no câmbio, através da realização de swaps, deverá ser mantido pelo menos até o fim do primeiro semestre de 2015. Segundo ele, tal estratégia do BC será necessária devido ao processo de normalização da política monetária nos EUA.

Ele espera que o Federal Reserve deverá começar a elevar os juros básicos da economia, que estão na faixa entre zero e 0,25% hoje, no segundo trimestre do próximo ano. Com elevações graduais de 0,25 ponto porcentual da taxa, ele espera que os fed funds deverão atingir 1,25% no final do ano que vem.

"Não se trata somente de alta de juros pelo Federal Reserve, mas inclusive numa modificação do fluxo de capitais pelo mundo, inclusive em relação aos países emergentes", destacou Goldfajn. Nesse contexto, ele espera que o câmbio no Brasil deverá atingir R$ 2,40 em dezembro deste ano e chegará a R$ 2,50 no encerramento de 2015.

Rating


As agências internacionais de rating deverão manter o rating soberano no Brasil em 2015. "Downgrade só deveria ocorrer num cenário sem ajustes da economia", destacou.

Goldfajn destacou que o próximo governo deverá debater internamente sobre questões estruturais para o País, como a adoção de uma reforma tributária parcial e como melhorar as receitas do setor público.


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