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Estado de Minas

Cemig deve rever prazo de gasoduto

Impasse legislativo pode obrigar empresa a negociar entrega da obra no Triângulo, mas licenciamento já está sendo adiantado


postado em 19/08/2014 06:00 / atualizado em 19/08/2014 11:33

Em reunião para divulgar resultados do segundo trimestre desse ano, quando anunciou lucro líquido de R$ 741 milhões, alta de 20% frente ao segundo trimestre de 2013, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) admitiu que vai haver mudanças no cronograma de obras do gasoduto que servirá à fábrica de amônia da Petrobras, em Uberaba, no Triângulo Mineiro. As mudanças podem gerar atrasos na construção do empreendimento, que vai ligar Queluzito, na Região Central, a Uberaba, no Triângulo Mineiro. Como a polêmica Proposta de Emenda Constitucional (PEC 68) só deve voltar à pauta da Assembleia Legislativa após as eleições (outubro ou novembro), os prazos para a finalização da obra, que deve estar pronta seis meses antes de a planta entrar em operação, em 2017, podem precisar ser renegociados com a Petrobras, informou ontem o diretor de relações institucionais da companhia, Luiz Henrique Michalick.

A intenção é que as obras do gasoduto, que vão consumir cerca de R$ 1,8 bilhão, tivessem início esse mês, mas só a partir da aprovação da PEC (que autorizaria a privatização de uma empresa de economia mista ou pública) é que a espanhola Gás Natural Fenosa (GNF) poderia se tornar parceira da companhia na construção do empreendimento. Segundo Luiz Henrique Michalick, para compensar o atraso, a Cemig vem tentando dar continuidade a projetos que independem da PEC, como as licenças ambientais e projeto executivo. “O gasoduto será feito e a principal região beneficiada será o Triângulo Mineiro, onde há articulações com os partidos para a PEC ser aprovada.” A atual legislação não permite a participação de empresas privadas na sociedade.

O diretor de Finanças e Relações com Investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla, destacou que os resultados da companhia estão diretamente ligados a investimentos e apontou preocupação com a elevação de custos da energia, sem estimar no entanto, se a inflação na conta de luz dos consumidores residenciais em 2015 será superior aos 14% que os mineiros arcaram esse ano. Segundo ele, a Cemig Distribuidora, a despeito do resultado positivo, foi afetada pela pressão da alta de preços. No segundo trimestre, a distribuidora ampliou em 4,3% o volume de fornecimento bruto de energia elétrica, o consumo rural disparou, com alta de 20,3%, enquanto o consumo residencial teve alta de 3,2%, o comércio e serviços, 4,6% e a indústria 0,4%. “Com as chuvas aquém da média, foram utilizados mais sistemas de irrigação, com maior uso de energia no campo”, apontou. No primeiro semestre, o lucro líquido da Cemig registrou alta de 34% frente ao mesmo período em 2013, somando R$ 508 milhões.

Usinas

Sobre a escassez de chuvas e a situação crítica do reservatório de Três Marias, que já está próximo de 8% de sua capacidade, a Cemig informou que a expectativa é que a última turbina em funcionamento só deve desligada quando não houver condição técnica, o que, segundo especialistas do setor ouvidos pelo Estado de Minas, ocorre em torno de 4%. “Caso o desligamento ocorra, não haverá desabastecimento porque o sistema é integrado”, apontou Rolla. O executivo também comentou que, diante da recomendação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que o governo não renove o prazo de vigência da concessão da Usina Hidrelétrica São Simão (Rio Paranaíba), que vence em janeiro do ano que vem, a Companhia irá disputar na ustiça a concessão, assim como ocorreu com a hidrelétrica de Jaguara, localizada no Rio Grande, no Triângulo Mineiro.


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