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Estado de Minas

Usiminas lucra no segundo semestre apesar da crise

Resultado líquido foi de R$ 129 milhões de abril a junho, embora as vendas tenham sentido retração da economia


postado em 25/07/2014 06:00 / atualizado em 25/07/2014 06:57

O esforço da política de redução de custos e a busca por maior eficiência operacional adotada pela Usiminas, maior grupo produtor de aços planos no Brasil, destinados, principalmente, às indústrias automotiva, de eletroeletrônicos e óleo e gás, esbarrou na retração da produção industrial brasileira neste ano. A siderúrgica de Ipatinga, no Vale do Aço mineiro, anunciou ontem lucro líquido de R$ 128,6 milhões no segundo trimestre, que sofreu com queda das vendas, influenciadas pelo fraco desempenho do consumo interno. O resultado líquido se contrapôs ao prejuízo de R$ 22 milhões amargado de abril a junho do ano passado, mas recuou 42% na comparação com o trimestre anterior (R$ 221,6 milhões).

No fim do pregão de ontem, as ações ordinárias da companhias (ON N1) amargaram queda de 1,52%, ao preço de R$ 7,14 e os papeis preferenciais (PNA N1) foram cotadas a R$ 7,89, com queda de 1,74%. Apesar do cenário desfavorável que levou à queda de 7% das vendas de 1,5 milhão de toneladas no segundo trimestre, a empresa melhorou a sua performance financeira. Medida pelo Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização), a geração de caixa da companhia foi de R$ 549 milhões. A margem do indicador subiu para 18% no período analisado, 24% acima dos números do segundo trimestre de 2013.

Ao divulgar o balanço em encontro com analistas de bancos e corretores, o presidente da Usiminas, Julián Eguren, afirmou que a companhia está consolidando a cultura da eficiência e da produtividade nas suas operações. “Foi um período de desafios. Como havíamos sinalizado em nossa última conversa, este tem sido um ano de incertezas. O baixo nível da atividade industrial tem freado a demanda por aço no Brasil, o que pode ser sentido em diversos setores consumidores. E a isso também se soma um cenário muito competitivo no comércio internacional”, afirmou.

A receita líquida de vendas, de R$ 3,1 bilhões, caiu 4,3% de abril a junho, no entanto, as exportações cresceram, compensando parte do mau desempenho do consumo interno. As vendas externas da siderúrgica atingiram 220 mil toneladas, um aumento de 53% frente ao segundo trimestre de 2013 e de 30% frente ao período de janeiro a março desta ano. O vice-presidente comercial da Usiminas, Sérgio Leite, disse aos analistas que a desaceleração do consumo ocorre na maioria dos segmentos atendidos pela companhia, entretanto, as expectativas melhores para o segundo semestre que a Associação Nacional de Veículos Automotores (Anfavea) manifestou dão um tom mais positivo ao mercado.

“Aguardamos, no momento, as decisões de compras dos nossos clientes. Em função do cenário que estamos vivendo, acreditamos que teremos no terceiro trimestre um volume de vendas igual ao do segundo e vamos aumentar as nossas exportações”, afirmou Sérgio Leite. Em relação aos preços praticados pela siderúrgica, o executivo afirmou que deverá haver estabilidade, depois da correção de 2,3% já aplicada junto à rede de distribuição. A venda de ativos não ligados às operações da siderúrgica, basicamente terrenos e galpões, ajudou no resultado, com receita de R$ 34 milhões no segundo trimestre.

 


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