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Estado de Minas

Comércio deve gerar 140 mil vagas formais em 2014

Segundo a CNC, 99,276 mi vagas devem ser geradas no varejol


postado em 23/07/2014 13:37 / atualizado em 23/07/2014 13:42

A desaceleração da atividade econômica tem afetado cada vez mais as expectativas dos empresários do comércio, que preveem menor crescimento das vendas e declaram intenção de contratar pouco. Diante do cenário, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê criação de 140,873 mil postos formais de trabalho no comércio como um todo, sendo 99,276 mil vagas apenas no varejo. Se esta projeção se confirmar no fim no ano, será o pior desempenho em pelo menos dez anos.

Os números são bem menores do que há uma semana. Antes da divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes a junho, quando o comércio fechou 7,07 mil vagas, a CNC mantinha projeções mais otimistas. A expectativa era de que o setor como um todo criasse 198,7 mil postos de trabalho, 149,3 mil deles no varejo. "Tivemos uma revisão bem forte após o Caged de junho, que foi horroroso", justificou o economista da CNC Fábio Bentes.

Segundo Bentes, há certa decepção entre os empresários com o ritmo das vendas no varejo. Além disso, a inflação, ainda que venha perdendo força, continua elevada. Com isso, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) recuou 1% em julho ante junho, para 108,4 pontos, mínimo histórico. "Os dados de julho dão uma percepção interessante do que deve ser o restante do ano. O empresário jogou a toalha no sentido de que não deve crescer 5% ou 6%", disse Bentes. A previsão de crescimento do setor, que começou 2014 na casa de 6%, já cedeu a 4,4% nas contas da CNC.

"A novidade este ano é o encarecimento muito grande do crédito, tanto para pessoa física quanto para pessoa jurídica", destacou o economista. No caso das empresas, outro obstáculo é o encurtamento do prazo. Esses fatores inibem a tomada de recursos para investir ou, no caso dos consumidores, para adquirir os bens.

No segundo semestre, com mais dias úteis e uma inflação no varejo menos agressiva (principalmente entre os alimentos), o comércio pode até retomar algum fôlego. "O setor de supermercados, que é o maior do varejo, deve recuperar", citou Bentes. Mesmo assim, não há expectativa de grande melhora nos próximos meses. Por isso, os empresários colocaram o pé no freio nos investimentos e devem reduzir o ritmo de contratações.

Em julho, mais da metade dos comerciantes declararam ter estoques em níveis adequados, mas uma parcela preocupante de 23,7% afirmou ter produtos demais nas prateleiras, o que pode reduzir a demanda já enfraquecida da indústria. Além disso, a confiança na economia mostrou grande deterioração neste mês. Para 70% dos empresários, as condições macroeconômicas pioraram no último ano.


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