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Estado de Minas

Vitallis assume plano de saúde da Santa Casa e deve manter mesma rede credenciada

Sete meses após negociação, 64 mil usuários da operadora serão atendidos, a partir do dia 31, pela Vitallis


postado em 23/07/2014 06:00 / atualizado em 23/07/2014 07:51

Até o dia 31, os 64 mil usuários do plano de saúde Santa Casa vão receber, no endereço cadastrado no convênio, carta explicativa, carteirinha e livro de referência de uma nova operadora. Depois de sete meses de negociação, o Santa Casa foi vendido para a Vitallis, de capital internacional, que é a segunda maior do estado em número de usuários. A nova dona da carteira vai ter que prestar atendimento aos novos clientes, nas mesmas condições. Para isso, será mantida a atual rede de médicos e serviços credenciados.

A continuidade do corpo clínico e do hospital São Lucas no convênio Vitallis é o principal motivo de preocupação dos usuários, que durante quase um ano viveram na incerteza. A rede credenciada do novo dono, que inclui hospitais como Vila da Serra, Life Center, Hospital Infantil São Camilo e Clínica Belvedere, também passa a atender os usuários da Santa Casa. No início da negociação entre as operadoras, a carteira Santa Casa era de aproximadamente 100 mil beneficiários, mas durante o processo esse número sofreu redução. Em pouco mais de seis meses mais de 30% dos usuários migraram para outros convênios ou cancelaram o plano. O valor da transação comercial não foi revelado, mas no ano passado a Vitallis foi vendida para a multinacional colombiana Grupo Sanitas Internacional, por R$ 40 milhões. O faturamento do Santa Casa Saúde, de R$ 193 milhões em 2013, é parecido com o que foi apurado pela Vitallis, R$ 191 milhões no mesmo período.

Com a compra, a Vitallis ganhou corpo somando agora 331 mil usuários. A operadora se consolida como a segunda maior do estado, depois da Unimed-BH. A intenção do Grupo Sanitas Internacional (segundo a entrar no país depois da UnitedHealth no Brasil, que comprou a Amil,) é crescer sua participação no mercado nacional somando 1 milhão de clientes até 2017. Hoje, o grupo soma no país meio milhão de usuários. A aquisição da carteira da Santa Casa é a terceira compra da multinacional no mercado brasileiro, que primeiro negociou a Universal Saúde em São Paulo (MediSanitas Brasil). “A partir do ano que vem já estaremos de olho na grama do vizinho. O mercado brasileiro de saúde está se consolidando com muitas vendas acontecendo. É um mercado carente de gestão”, diz Daniel Coudry, presidente do Grupo Sanitas Internacional no Brasil e à frente da expansão da multinacional colombiana no país.

SEM MUDANÇAS

“O atendimento aos usuários do plano Santa Casa está mantido nas mesmas condições”, garantiu Fernando Rezende, diretor-presidente do Vitallis. Segundo o executivo, o hospital São Lucas continua atendendo aos beneficiários da operadora e a grande maioria do corpo clínico também vai ser mantida. “Os usuários que não receberem a nova carteirinha até dia 31 poderão se consultar com o documento de identidade. Queremos que a transição ocorra sem tumultos”, apontou.

A Vitallis ganhou mais de 60 mil clientes depois que a agência reguladora em um processo de análise com duração aproximada de cinco meses bateu o martelo, autorizando a transação. O atendimento aos usuários do convênio não pode ser paralisado e o contrato deve ser mantido com o mesmo preço. “Estou preocupado porque sou usuário do Santa Casa há muito tempo. Há 14 anos consulto com o mesmo cardiologista e até hoje não sabemos se os médicos serão mantidos e nem se o hospital (São Lucas) vai atender”, diz o aposentado Manuel Marques, de 84 anos. Para ele e a mulher, paga R$ 900 pelo plano individual e diz que para sua idade, considera o preço bom em relação ao que o mercado vem cobrando dos idosos.

Além da falta de informação, os usuários reclamam da dificuldade de marcar consultas ou conseguir especialistas. “Uso pouco o plano de saúde e quando precisei de um nutricionista não conseguir encontrá-lo no convênio. Psicólogo é outra especialidade difícil”, comenta a estudante de arquitetura Maria Luiza Coelho, que paga R$ 300 pela mensalidade. “A emergência é sempre lotada e conseguir exames e algumas especialidades de consulta médica também é bem demorado. Espero que essa mudança melhore o atendimento”, completa a aposentada Maria Antônia de Jesus, de 70.

A Vitallis conta com um hospital no Barreiro, hospital dia na Lagoinha e Pronto Atendimento em Venda Nova. A rede credenciada tem 3 mil unidades, como hospitais, clínicas, laboratórios e cerca de mil médicos. O usuário da Santa Casa que enfrentarem problemas na transição devem entrar em contato com a operadora ou com o Disque-ANS.


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