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Estado de Minas

Queixas e soluções para consumidores podem ser resolvidas na internet

Portal da Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça, vai receber reclamações dos brasileiros que registram problemas com empresas. Procons já seguem o mesmo caminho


postado em 30/06/2014 06:00 / atualizado em 30/06/2014 07:27

Luiza Duque aprova o atendimento on-line dos Procons e espera que a redução do tempo de espera por uma solução estimule as reclamações (foto: Euler Júnior/EM/D.A Press )
Luiza Duque aprova o atendimento on-line dos Procons e espera que a redução do tempo de espera por uma solução estimule as reclamações (foto: Euler Júnior/EM/D.A Press )

Os problemas nas relações de consumo ganharam um novo palco: a internet. Tanto empresas quanto consumidores passaram a enxergar os sites e as redes sociais como importantes canais de comunicação. A cada dia surgem novas ferramentas para que a população seja atendida e consiga resolver problemas nas compras sem burocracia. Na sexta-feira, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça, pôs em funcionamento um portal em que os consumidores poderão fazer reclamações sobre produtos e serviços.


A Câmara dos Deputados   avalia um outro  instrumento, o atendimento  on-line dos Procons, que promete  poupar tempo na solução de conflitos relativos ao consumo. O projeto já foi aprovado pela Comissão de Direitos do Consumidor e uma vez aceito pelo plenário da Casa representará um avanço para os Procons em todo o país.

As ferramentas virtuais prometem desburocratizar o sistema para resolução de conflitos entre empresas fornecedoras de produtos e serviço e os clientes, reduzindo o tempo de espera e desafogando também órgãos públicos, como o Juizado Especial e as procuradorias de Defesa do Consumidor, que recebem a maior parte desse tipo de demanda. Em Belo Horizonte, o Procon Assembleia se antecipou ao projeto em tramitação na Câmara Federal e promove alguns atendimentos aos consumidores por meio eletrônico: disponibiliza um e-mail, o Sistema de Interação com o Cidadão (SIC) e o site Procon on-line. A unidade é pioneira nesse tipo de atendimento e, de acordo com balanço divulgado, de janeiro até sexta-feira já foram realizados 456 atendimentos pelo SIC. Quando o consumidor entra na página da Assembleia de Minas, basta preencher um formulário on-line, apresentar suas reclamações ou dúvidas e elas são respondidas pelos consultores jurídicos por e-mail.

Outros 280 atendimentos foram realizados pelo Procon On-line, que firmou parceria com quatro câmaras municipais (Ibirité, Esmeraldas, Matozinhos e São Gonçalo do Rio Abaixo), e funciona da seguinte forma: o consumidor vai até a Câmara Municipal e registra sua reclamação. A queixa é repassada ao Procon Assembleia por e-mail, que notifica o fornecedor para que ele apresente uma solução para o problema no prazo de 10 dias. Outros 68 atendimentos foram realizados por e-mail, segundo balanço. O procurador do Procon Assembleia, Mateus Simões, afirma que, caso o projeto seja aprovado pela Câmara, é um grande avanço. “As reclamações do comércio eletrônico têm aumentado e promover uma solução pela rede é um grande avanço. É uma forma de atender o consumidor de forma mais rápida e eficaz”, afirma.

Para Maira Franco, com o site os transtornos serão mais perceptíveis, impondo maior cautela às empresas (foto: Euler Júnior/EM/D.A Press )
Para Maira Franco, com o site os transtornos serão mais perceptíveis, impondo maior cautela às empresas (foto: Euler Júnior/EM/D.A Press )

A consumidora Luiza Duque aprova o novo método de atendimento, que vai reduzir o tempo de espera para a resolução do problema. “Muitas vezes o consumidor deixa de reclamar ou de registrar uma queixa por não ter tempo de ir até o órgão. Acredito que dessa forma todo mundo vai querer registrar o problema”, diz.

A partir do site lançado pela Senacon, www.consumidor.gov.br, o consumidor poderá se cadastrar e descrever sua reclamação num espaço com até 3 mil caracteres. A empresa terá 10 dias para responder ao consumidor e, logo depois, o reclamante vai atribuir uma nota de um a cinco para o atendimento, que promoverá o ranking da melhores e piores empresas.

Consumidores aprovam a nova ferramenta e afirmam que esse é apenas o primeiro passo de uma adaptação às novas tendências de mercado. Para a consumidora Maira Gabriela Franco, a ferramenta vai deixar os clientes mais seguros. “Com o site, as empresas e os problemas estarão mais perceptíveis. Elas serão mais cautelosas, uma vez que poderemos avaliar o atendimento, permitindo uma série de indicadores e rankings positivos e negativos on-line”, comenta. Bancos, operadoras de telefonia fixa e móvel, setores que mais registram queixa entre os consumidores, além de lojas de varejo, companhias aéreas e outras empresas já aderiram ao projeto e se comprometeram a responder às queixas no tempo estabelecido.

O advogado especialista em direito do consumidor do escritório Fragata e Antunes Advogados, Caio Lúcio Montano Brutton, afirma que esse é um alinhamento das novas tendências de mercado. “Os consumidores passaram a utilizar as redes sociais como mediadoras de problemas, uma vez que a reclamação se replica a cada segundo, gerando uma imagem negativa da empresa. Ela, por sua vez, está cada dia mais atenta, tentando responder a tempo para minimizar o impacto”, afirma. Segundo ele, a internet é a ferramenta que todos os órgãos de proteção ao consumidor devem utilizar.


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