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Estado de Minas

Negociações Brasil-Argentina continuam travadas


postado em 22/04/2014 21:07

Buenos Aires, 22 - Mais uma vez uma reunião entre representantes do Brasil e da Argentina terminou sem avanços de destaque para resolver os problemas comerciais bilaterais, entre eles as barreiras alfandegárias do governo da presidente Cristina Kirchner contra produtos Made in Brazil, a queda nas exportações automotivas brasileiras para o mercado argentino, além das várias vezes anunciada criação de linhas de financiamento para exportadores.

A reunião foi realizada nesta terça-feira, 22, entre o ministro Mauro Borges da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior (MDIC) do Brasil, e o ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof, a ministra da Indústria, Débora Giorgi, e o secretário de Comércio, Augusto Costa, além do presidente do Banco Central argentino, Juan Carlos Fábrega. Segundo fontes, a reunião com os argentinos ocupou uma hora do ministro Borges, que permaneceu em Buenos Aires um total de cinco horas e partiu sem falar com a imprensa.

Fontes do lado brasileiro indicaram que "na terça ou quarta-feira da semana que vem em São Paulo" ocorrerá uma nova reunião de autoridades de ambos países, em conjunto com representantes da Associação de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e da Associação de Fabricantes de Automóveis da Argentina (Adefa). "Os dois governos vão equalizar uma proposta conjunta para o financiamento de exportações", explicou a fonte de forma genérica.

Promessas

Em diversas ocasiões, ao longo do último ano, o governo Kirchner prometeu flexibilizar as barreiras comerciais que aplica a diversos produtos Made in Brazil. Tal promessa foi realizada em outubro ao chanceler brasileiro Luiz Alberto Figueiredo. Na ocasião o chanceler argentino Héctor Timerman havia afirmado que a administração Kirchner tinha a intenção de resolver o caso "prontamente". Três meses transcorreram e, em dezembro, quando o então ministro Fernando Pimentel viajou a Buenos Aires, ouviu uma renovação da mesma promessa.

Outros três meses passaram e os problemas bilaterais permaneciam. Mais uma vez o Brasil enviou um representante a Buenos Aires. Desta vez era Mauro Borges, que debutava no cargo. No dia 16 de março conversou com Kicillof sobre a implementação de "mecanismos alternativos de financiamento que viabilizem o fortalecimento do comércio bilateral". Na ocasião o governo Kichner sequer fez novas promessas sobre uma solução para os problemas na entrada de produtos brasileiros.

Regime

Entre os assuntos pendentes, os dois governos possuem um curto prazo para definir o novo regime automotivo, renovado pela última vez em 2008, que vence em julho. O regime estabelece um comércio administrado e impede o livre comércio de veículos, na contramão do que estava previsto originalmente pelo Mercosul, que havia determinado o fim das barreiras comerciais entre os países sócios a partir do ano 2000.

As reuniões para definir o novo regime automotivo estavam previstas inicialmente para o segundo semestre de 2012. Mas a agenda atrasou e - apesar do escasso tempo que resta - ainda não foram definidos os parâmetros do novo regime automotivo Brasil-Argentina.


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