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Estado de Minas FRAUDES ONLINE

Tentativas de compra com cartões clonados em lojas virtuais somaram R$ 350 mi no país em 2013

Em Minas, as tentativas de compras feitas em sites com cartões clonados ou furtados somaram pelo menos R$ 20 milhões em 2013


postado em 20/04/2014 07:00 / atualizado em 20/04/2014 08:21

Bárbara Pinheiro foi vítima de golpista: cartão clonado e compras de US$ 300 em um site dos EUA(foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press)
Bárbara Pinheiro foi vítima de golpista: cartão clonado e compras de US$ 300 em um site dos EUA (foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press)
A designer de interiores Bárbara Pinheiro, de 24 anos, levou um susto no mês passado: “Alguém clonou meu cartão de crédito e fez uma compra de US$ 300 em um site hospedado nos Estados Unidos. É bom lembrar que compra no exterior incide IOF (Imposto sobre Operações Financeiras, cuja alíquota é de 6,38%)”. E o caso dela está longe de ser raro no país. Embora não haja uma estatística consolidada sobre o quanto criminosos “movimentam” no e-commerce, um dos tipos de venda que mais cresce no mundo, alguns dados levantados por empresas especializadas em vendas online mostram que as fraudes – ou pelo menos tentativas – somam milhões de reais no Brasil a cada ano.


Em Minas, as tentativas de compras feitas em sites com cartões clonados ou furtados somaram pelo menos R$ 20 milhões em 2013. No Brasil, no mesmo ano, a soma superou os R$ 350 milhões. As duas cifras foram levantadas pela ClearSale, empresa especializada na detecção de fraudes do comércio eletrônico brasileiro. “O percentual da tentativa de fraude sobre o total de vendas está estável nos últimos dois anos. Porém, é importante lembrar que (essa cifra) vem aumentando, porque as vendas online crescem a cada ano”, ressalta Gabriel Firer, coordenador de Projetos Corporativos da ClearSale.


O percentual de fraudes a que ele se refere em Minas corresponde a 2,13% do total de negócios fechados em lojas virtuais em computadores acessados no estado. “No Sudeste, este índice é de 3%. No Sul, 1,5% e no Centro-Oeste, 3,4%. As regiões Norte (5,2%) e Nordeste (5%) são as áreas com maior tentativa de fraude em termos de percentuais. Uma das teorias é que há mais gente nova no mercado de crédito”, completou Firer, referindo-se à chamada a nova classe média.


A ascensão social de boa parte dos brasileiros, aliás, é uma das molas do comércio eletrônico. A outra é a própria expansão da internet. Para se ter ideia, o comércio eletrônico em todo o Brasil movimentou 18,7 bilhões em 2011. Em 2013, R$ 28,8 bilhões – alta de 54%. Para 2014, especialistas projetam um salto de 20%. Os dados são da E-bit, outra empresa que atua no varejo online. “O e-commerce continuará a crescer acima da venda física. Além disso, também tem aumentado a oferta de cartão de crédito”, disse Firer.

ROUBO A CADA 15S Os setores de serviços e comércio registraram em fevereiro uma tentativa de fraude a cada 15,8 segundos. Foram 152.907 ocorrências nas cinco regiões do país, segundo levantamento da Serasa Experian. Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve alta de 3,2%. Os dados da empresa levam em conta a fraude conhecida como roubo de identidade, na qual dados de um cidadão são usados por criminosos para obter crédito, contratar serviços ou financiar mercadorias em lojas físicas ou virtuais.


A Serasa Experian não divulgou o ranking por estados, mas o fez por setores afetados. A telefonia liderou o ranking de tentativas de fraudes em fevereiro: 57.055 ocorrências ou 37,3% do total. O setor de serviços apurou 48.464 registros (31,7%). Em seguida, aparece o setor bancário, com 31.524 tentativas de fraude, ou 20,6% do total.


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