O consumo perdeu a força em fevereiro e as vendas no comércio de Belo Horizonte caíram 0,94% em relação a janeiro, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). A entidade atribuiu o recuo às despesas típicas de início de ano, como tributos e material escolar, além de gastos com carnaval. Em janeiro, a alta ante dezembro havia sido de 3,11%.
Segundo a CDL, apenas duas atividades cresceram em fevereiro: o de papelarias e livrarias (13,84%) e ferragens, material elétrico e de construção, (0,12%). Já os setores que apresentaram queda foram máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-2,88%); produtos farmacêuticos (-2,01%); artigos diversos (-1,96%); veículos novos e usados (-1,93%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-0,56%) e supermercados e produtos alimentícios (-0,36%).
Na comparação com fevereiro do ano passado o comércio também apresentou queda, de 1,29%, impactada pelo aumento do nível de preços e a continuidade do ciclo de aumentos na taxa básica de juros são fatores. “Com a inflação em alta os consumidores têm seu poder de compra reduzido, o que prejudica o consumo”, disse o presidente da CDL/BH, Bruno Falci.
Nos dois primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, as vendas subiram 2,6%. Segundo a CDL/BH, o mercado de trabalho, com taxas de desemprego em patamares menores e aumento da renda real dos trabalhadores permitiram que os consumidores possuam melhores condições para irem às compras.
País
No Brasil, as vendas do comércio varejista subiram 0,2% em fevereiro, segundo informou nesta terça-feira o IBGE. A alta em fevereiro é a segunda seguida, mas inferior à de 0,4% registrada em janeiro sobre dezembro. Na comparação com fevereiro do ano passado, as vendas do varejo tiveram alta de 8,5% em fevereiro deste ano.
Apenas quatro das dez atividades pesquisadas no varejo ampliado obtiveram aumento nas vendas. Outras duas atividades registraram estabilidade, enquanto o restante teve taxas negativas.
Houve expansão nos segmentos de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (9,0%); Material de construção (2,2%); Combustíveis e lubrificantes(1,6%); e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,5%).
As vendas ficaram estagnadas em Móveis e eletrodomésticos (0%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0%).
Os recuos foram verificados em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%); Tecidos, vestuário e calçados (-0,5%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-3,4%); e Veículos e motos, partes e peças (-7,6%). (Com Agência Estado)